Lendas da nossa terra
Lenda da Nazaré
A lenda da imagem de Nossa Senhora da Nazaré remonta a tempos antigos quando o monge grego Ciríaco fugiu com ela para Belém de Judá e a entregou a S. Jerónimo, que por sua vez a enviou a Santo Agostinho, que por sua vez a entregou ao Mosteiro de Cauliniana, a doze quilómetros de Mérida. Foi aqui que puseram à imagem o nome de Nossa Senhora da Nazaré por ter vindo da cidade Natal da Virgem. Quando os mouros derrotaram os cristãos obrigando o rei Rodrigo a fugir para Mérida, este levou consigo a imagem mas não se sentindo aí seguro fugiu de novo na companhia do abade Frei Romano que possuía uma preciosa caixa de relíquias que tinha pertencido a Santo Agostinho. Chegaram os dois fugitivos mais mortos do que vivos ao sítio da Pederneira, hoje chamado da Nazaré, na costa do Atlântico, onde decidiram separar-se. Rodrigo instalou-se no monte de S. Bartolomeu e Frei Romano no monte fronteiriço, combinando comunicarem-se por intermédio das fogueiras que acendiam à noite. Uma noite a fogueira de Frei Romano não se acendeu e Rodrigo foi encontrar o seu companheiro morto. Apavorado, foge com a imagem e a caixa de relíquias para ir morrer perto de Viseu. A imagem e a caixa de relíquias foram encontradas por uns pastores em 1179.
O Rei Midas: o avarento que morreu de fome
Tudo o que tocava virava ouro... até morrer de fome!!!
Narra a mitologia que o rei Midas era muito avarento.
Por ter tratado bem a Sileno, seu prisioneiro, recebeu dos deuses a grande recompensa de converter em ouro tudo quanto sua mão tocasse. Uma bela fortuna, não é verdade?
Fora de si de contente, aquele rei tocou seu bastão, e o bastão se converteu em ouro cintilante.
Tocou a parede, e a parede tornou-se num bloco de ouro preciosíssimo. No palácio real, tudo agora era ouro.
O rei assentou-se à mesa para o jantar. A sopa, apenas lhe tocou os lábios, tornou-se ouro. O pão, a carne, tudo ouro.
De sorte que Midas não pôde tomar alimento algum, e depois de alguns dias ia morrendo de fome, embora rodeado de ouro.
Assim diz a fábula. Mas eu vos digo, em outro sentido, que também nós possuímos um meio de converter em ouro — isto é, em mérito preciosíssimo — todas as nossas obras.
Esse meio é: conformar sempre e em tudo a nossa vontade com a vontade de Deus.
(Pe. Francisco Alves)