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Contos e Lendas

12
Set23

Castanheira de Pera – Porque cantam os rouxinóis

Possivelmente, é pergunta que nenhum leitor fez:

«Porque cantam os rouxinóis?»

1 - Ora, até há uma lenda para responder a esta questão. Sentem-se por aí e escutem-na:

Pois era uma vez um rouxinol que num entardecer se perdeu de seu bando e fechou-se a noite sem que ele tivesse dado com os seus manos e primos. E lá foi voando até pousar na latada do passal. Como não era lido, não conhecia aquela história do melro que fez o ninho na horta do senhor Abade e ali adormeceu…

Como o melro, também o rouxinol adormeceu. Mas acordos com os primeiros raios de sol, é verdade, a manhã sorria-lhe e ele decidiu fazer o voo matinal, mas não conseguiu. Estava preso por uma gavinha, e preso ficou até que morreu. Ora, os outros rouxinóis deram por falta dele, e, depois de muita procura, lá deram com ele morto. Choraram-no porque eram todos muito amigos. No entanto os rouxinóis também pensam pelo que voaram para o cruzeiro ao pé da igreja, mesmo diante do passal. Aí deliberaram rogar a Deus, pelas cinco chagas do Filho, que lhes desse a faculdade de cantar. O Senhor meditou a situação e atendeu-os, com a única condição de que só cantariam hinos à liberdade. E durante muitos anos os rouxinóis cantaram sempre em liberdade.

 

2 - Agora, queiram ouvir a len da de São Domingos, tal como no-la conta Frei Luis de Sousa na sua obra sobre a ordem.

«e foi a razão de se edificar aqui, que, andando uma menina guardando gado, deu com uma imagem de vulto entalada entre dois penedos. E sem sa ber de que santo era, nem se era de santo, com m tanta simplicidade c continuava a fazer oração diante dea.

Vindo à noticia dos vizinhos e moradores da ribeira, acudiram a vê-la, e achando que era de São Domingos, nos sinais do hábito e insígnias que trazia consigo, edificaram-lhe no mesmo lugar uma pequena ermida, na qual fundaram depois a freguesia.

Porque, como da Ribeira a Pedrógão, de onde eram fregueses, há duas grandesléguas e de fragoso caminho, aproveitaram-se da comodidade, alargando a ermida».

3 - E sobre a lenda da Gestosa, ouçam os o que já Miguel Leitão de Andrade contava em 1629:«…e a mim me contou um capuchinho da Carnota, vira na sua cerca um sapo ir de saltos após um lagarto já como atordoado, o qual se subira em um pessegueiro e chegando o sapo, levantara a cabeça, e o bafejava inchando-se e vaziando-se e com isso caira o lagarto, em que logo o sapo se pegou e o comeu.

E uma tecedeira moça e valente no lugar da Gestosa, termo da vila de Pedrógão Grande, indo-se mirrando sem remédio, sem se poder sabe r a causa, se viu acaso defunto donde ela tecia, um sapo em um buraco, na raiz da parede que morta  tornou ela em si, a tecedeira a qual ela me contou»…