contador de visita

Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]

http://joaoalegria.blogs.sapo.pt

<div id="sfc33p9rmnbqy98b4ahfpn4a6hu3sah3hg5"></div> <script type="text/javascript" src="https://counter8.stat.ovh/private/counter.js?c=33p9rmnbqy98b4ahfpn4a6hu3sah3hg5&down=async" async></script>

http://joaoalegria.blogs.sapo.pt

<div id="sfc33p9rmnbqy98b4ahfpn4a6hu3sah3hg5"></div> <script type="text/javascript" src="https://counter8.stat.ovh/private/counter.js?c=33p9rmnbqy98b4ahfpn4a6hu3sah3hg5&down=async" async></script>

Contos e Lendas

05
Mai23

 

Alijó

Os Sinos Trocados

 

Quem tiver o ouvido afinado para a musica poderá entender esta lenda melhor que ninguém.

Bastar-lhe-á jornadear até ao Alto Douro, ao concelho de Alijó, e visitar as aldeias de Carlão e de Ribalonga. E quando repicarem os sinos, logo perceberá que o primeiro clama por Ribalonga e o desta por Carlão.

Mas o que se passa?

É que os sinos foram trocados numa oficina de consertos em Braga, e o comodismo dos homens não consentiu na reparação do erro.

«O serviço é o mesmo», terá comentado uma voz. E assim ficou.

Os sinos é que estão desgostosos e lamentam a sua sorte! Verificarão que hoje estão afinados, aliás a lenda diz-nos que já antes do episódio que vamos narrar eram afinadíssimos.

Ora, virá-lo ao contrário quando o repicavam, puxando os rapazes a corda, era sinal de força! No entanto , os sinos fartam-se, racham, envelhecem quase como as pessoas, pelo menos alguns. E aconteceu a ambos os sinos das duas aldeias.

Na oficina de Braga, como se disse, puseram-nos como novos, mas trocaram-nos. Após ligeira discussão inicial, concordaram as partes que o fundamental era que repicassem, e isso fazem-no, ainda que de som trocado. E, assim continuam hoje, que ninguém os repôs nas torres de origem.

E há outra lenda, a da Senhora da Boa Morte do Pópulo. Pois diz que a Nossa Senhora, achando que a freguesia de Vila Verde era uma aldeiazinha agradável em que podia viver, andou até ao cabeço  conhecido como das Bilheiras para ficar com outra persepectiva. Porém ao ouvir como discutiam entre si as mulheres na fonte, fugiu para o Pópulo!  No entanto podemos conhecer ainda uma outra lenda de Ribalonga referente ao seu lugar de Santa Ana. Pois neste sitio há uma fraga enorme, retangular, tendo na parte superior três sulcos, o da cabeça, o do tronco e o dos membros de uma pessoa. A voz do povo, essa mesma voz que escreve as lendas palavra a palavra, diz que esses sinais foram ali deixados por Santa Ana quando andava em peregrinação aos Lugares Santos. Pois a lenda, faz-nos saber que Santa Ana, cansadíssima, não vendo outro sitio para se deitar, aproveitou aquela fraga, e a pedra tornou-se então mole para ela ficar mais confortável, tomando mesmo a forma do seu corpo.