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Contos e Lendas

14
Mar23

Celorico a Beira

Os Três Milagres

1

Dirija-se o leitor a Celorico da Beira, e aí decerto encontrará placa indicativa da Aldeia Rica, a uns 8 km iga pela estrada até lé chegar, onde não terá dificuldade em encontrar a igreja de Nossa Senhora dos Açores. Entre e repare em três belos painéis assim intitulados: O Aparecimento da Virgem ao Rústico da Vaca, O Açor pousado na mão do Caçador e o Filho Rei já Ressuscitado, pois aí acaba a lenda que vamos começar. Ora escutem:

Andava um pastor de Aldeia Rica com as suas vacas quando uma delas se espantou e caiu ao rio. Vai o homem a querer salvá-la e e também ficou em perigo de vida. Então, ele lança um grito:

- Valei-me, minha Nossa Senhora!

E o pastor e a sua vaca tresmalhada salvaram-se, não tardando que aquilo fosse levado à conta de milagre. E a população sempre grata a estes sinais, ergueu uma pequena capela a Nossa Senhora.

 

2

Também não tardou que se multiplicassem os milagres e a fé, a ponto de a fama ter chegado a um rei de um recanto da Península. Nesse pequeno reino, os monarcas viviam com o desgosto de não terem um filho. Sabedores das maravilhas operadas na Aldeia Rica rezaram a Nossa Senhora que não os fez esperar mais que o tempo devido. Porém um acidente qualquer fez com que a criança ficasse defeituosa, o que amargurava muito os reis seus pais. Chamaram médicos de todas as partes, mas acabaram por se voltar, uma vez mais, para a Nossa Senhora de Aldeia Rica. Discutiram se deveriam pôr-se a caminho, dada a debilidade do filho. Vemceu a mãe, que entendeu valer a pena a jornada. Porém, a criança desfaleceu e morreu quando até já nem faltava muito para terminarem a viagem aos pés de Nossa Senhora. Mesmo assim, em vez de permitir que lhe enterrassem o filho, a rainha quis levar o corpo nos braços para o deixar aos pés da virgem. E o rei fez-lhe a vontade. Quando chegaram a Aldeia Rica, a rainha foi cumprir o prometido. O rei saiu a caçar com os da sua comitiva. Às tantas, um dos seus homens largou em liberdade o Açor que levava no braço. Denunciado, o rei logo o julgou e mandou que lhe cortassem a mão direita. O homem defendia-se dizendo que os pássaros tinham direito à liberdade. E quando o executor se preparava para cortara mão, o Açôr deu uma volta e colocou-se sobre ela. Ao mesmo tempo a rainha dava um grito porque o filho recobrava a vida e ficava curado dos seus males. Emocionado, o rei mandou soltar o prisioneiro e os outros Açores. E ali mesmo mandou erguer uma igreja a que deu o nome de Nossa Senhora dos Açores, ainda hoje motivo de admiração de toda a gente.

3

Também há quem se lembre da lenda de quando o alcaide-mor de Celorico, estando cercado no castelo por aquele que viria a ser D. Afonso III recorreu ao expediente de lhe mandar cozinhada uma truta que uma águia deixara cair na barbacã. Julgando-os fartos de cozinha o sitiante abalou com os seus

 

 

 

Celorico de Basto – A Santa Senhorinha

Deve-se a Braamcamp Freire, em Os Brasões da Sala de Sintra, uma concisa biografia de Santa Senhorinha, venerada em Terras de Basto. Pois essa biografia tem foro de lenda. E esta lenda começa com a morte de D. Teresa, a condessa de Basto, poucos dias após ter dado à luz aquela que viria a chamar-se Senhorinha. E este nome nasce da exclamação de seu pai ao vê-la tão pequena quando nasceu:

- Ai! Quão miudinha és, minha senhorinha! Filha segunda dos condes de Basto, a menina foi educada por uma sua tia freira, Godinha e irmã de Teresa. E a educação foi de tal modo que Senhorinha apenas pensava na sua entrega Deus. Por isso, cumprindo sete anos, o filho de um conde muito rico, apaixonou-se por ela. E disse-lho. Apesar da sua pouca idade, a menina respondeu-lhe que ela não estava reservada a fazer vontades a ninguém, nem ao pai, nem ao pretendente. E este correu a contá-lo ao pai de Senhorinha.

O conde ficou irritado com a desfaçatez da filha e chamou-a logo. E ela lembrou-lhe de que desde havia muito estava traçado o seu futuro como esposa de Deus! O conde ficou perplexo com a resposta da filha. Pensativo passou o resto do dia, e quando adormeceu, apareceu-lhe em sonho um Anjo do Senhor a confortá-lo, dizendo-lhe que, afinal, que Senhorinha escolhera o melhor destino, uma vez que ela tinha decidido ser esposa de Jesus, que a deixasse seguir a vocação.

Logo pela manhã, o conde contou a visão que tivera à filha, e nesse mesmo dia providenciou o início da construção de um mosteiro que passaria a designar-se como São João de Vieira. Seria sua primeira abadessa a cunhada freira beneditina, Godinha. Aí em 970, o conde assistiu à profissão de Fé de Senhorinha, que tinha pouco mais de 8 anos.

Quando faleceu a abadessa Godinha, Senhorinha, que lhe herdou o cargo, pressionou a família para que edificasse um novo mosteiro em Basto e nele se recolheu. No entanto, o estado de saúde da jovem não era muito bom. Os frequentes jejuns e a mortificação com os cilícios abalaram-na muito. Porém já a nova abadessa tinha uma aura de santidade. Fez que aparecesse farinha quando já não havia que comer no Mosteiro de Basto, mandou também calar as rãs, cujo coaxar perturbava os cantos religiosos, arredou tempestades e quebrou os grilhões com que seu irmão foi preso. Porém depois de morta, diz a lenda que deu vista a um cego, entre outros milagres que lhe são atribuídos. 

Já agora temos um bocadinho de tempo, engtremos no Castelo de Arnóia e sondemos os seus lugares mais isolados. Ah, não se assustem, esses queixumes que parecem vir dos confins da terra são de uma princesinha moura encantada. Teve amores com um fidalgo cristão, que a deixou para casar com uma da sua fé.