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Contos e Lendas

03
Jan23

Peço desculpa aos meus amigos e segudores deste Blog pela interrupção nestes dias pois tive um problema com o blog mas já est+a ultrapassado, prometo ser mais assiduo nas publicações pois há muitas lendas para vos contar. Desejo a todos vós um feliz ano de 2023.

 

Lenda A Herança do Tio Marcos – Aveiro

 

Esta Lenda é dos antigos tempos aveirenses, em que a festa de São Pedro, marcava a vida das populações dali. E Começa quando o Tio Marcos, tombando no seu leito de morte segurando as mãos dos seus filhos, Albino e Jorge, se prepara para a longa jornada sem regresso. Tinha-os educado no caminho da rectidão e do trabalho e queria que assim se mantivessem.

- Meu querido Albino, tu és o mais velho. Não deves esquecer-te de quanto te ensinei, ouviste?

- E o filho jurou ao pai que nem um só momento esqueceria as lições recebidas.

- Respeita sempre o teu irmão. Jorge, ele é o m ais velho. Gostava que vocês fossem um nó tão apertado que ninguém o pudesse desatar!

Comovidos, os filhos disseram ao velho que poderia confiar neles. O tio Marcos disse-lhes que assim poderia morrer descansado, mas antes queria entregar-lhes a herança.

E debaixo da sua almofada tirou um pequeno saco.

- Está fechado e só o abram quando estiverem verdadeiramente aflitos. Não é muito é o que vos posso deixar. Guarda-o tu Albino, mas lembra-te de que isto é de ambos! É Leve mas vale uma fortuna. Mas primeiro contai com o vosso trabalho! E lá guardaram o saco se foi o bom Tio Marcos. Os dois rapazes guardaram o saco e voltaram ao trabalho que tinham bons braços para isso. E corria tudo muito bem para eles, até que um dia chegou uma rapariga muito bonita à aldeia. Dizia-se que fugira de casa por não queres casar com o homem que o pai queria por força e ela odiava. E, muitos rapazes da aldeia ficaram enamorados dela incluindo o Albino e o Jorge. E ela a todos dava esperança. Porém, aquela situação começou a criar problemas entre os dois irmãos, que chegaram a relaxar o próprio trabalho, além da amizade que os unia. Chegaram mesmo a discutir. Qualquer um deles presumia ser o rapaz de quem ela gostava. Depois da discussão, cada um deles procurou a bela rapariga e combinou fugir com ela da aldeia logo depois da festa de São Pedro. Um e o outro prontificaram-se a deitar a mão ao saco onde estava a herança do Tio Marcos. Porém, a rapariga conseguiu dar cabo da cabeça a um e ao outro sugerindo-lhe que cada um matasse o irmão. E, eles na inconsciência da paixão, das palavras amigas do pai.

Ora, na noite de São Pedro, em pleno arraial, Albino e Jorge encontraram-se frente a frente. O primeiro tinha na mão o saco da herança do Tio Marcos. Ali mesmo os irmãos engalfinharam-se. Pareciam dispostos a matar. De repente, ouviu-se uma voz:

- São Pedro valei-me!

- O próprio São Pedro apanhou o saco e abriu-o. Dentro dele estava apenas um nó apertadíssimo. Os irmãos olharam-se e caíram em si. Houve um estrondo, e a rapariga por quem lutavam desfez-se em fumo. Abraçaram-se os dois e entenderam que estiveram a  ponto de ceder ao Demónio tudo de bom que neles havia!