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Contos e Lendas

28
Out21

A Boa Nova e  a Fonte Santa

 

Perto do Alandroal fica Terena, aldeia orgulhosa do seu pelourinho. Pois vamos contar a lenda da fundação da Igreja de Nossa Senhora da Boa Nova, que é anterior ao castelo, este mandado construir sendo D. Diniz, (o Lavrador, o Trovador). Porém, temos duas versões da lenda, o que por aí já é interessante. Pois a primeira diz-nos, que a filha de D. Afonso IV, o Bravo, era casada com o rei de Castela, mas genro e sogro não se entendiam. Ora, de uma vez, os Mouros atacaram os Castelhanos, e a Rainha de Castela e princesa portuguesa deslocou-se a Portugal pata pedir auxilio ao pai. Sobre a viagem, é contado que, já em território português, repousando no Alandroal, assistiu a um belo amanhecer e logo lhe deu o nome de Lucefécit, que quer dizer «luz se fez».

Dali, a Rainha mandou um emissário a Évora, onde estava a corte de D. Afonso IV, suplicando-lhe que apoiasse o marido. O pai respondeu afirmativamente, e a alegria foi tal que a rainha mandou edificar ali perto , em Terena, uma igreja a que deu o nome de Nossa Senhora da Boa Nova.

- No entanto, na segunda versão da lenda, o rei logo terá mandado dizer à filha, que não apoiaria o genro. Porém, logo a seguir, D. Afonso IV reconsiderou, mudando de opinião, e apressou-se a mandar dois cavaleiros a toda a brida que foram dar com a rainha de Castela em Terena. Exatamente no sitio em ainda hoje vemos a cruz que assinala esse mesmo encontro. Perguntou-lhes ela ao que vinham, e responderam os cavaleiros:

- Boa nova temos, Senhora. O vosso pai acede ao vosso pedido e vai em breve com o exército português, combater os Mouros!

A Rainha ajoelhou-se e disse que, perante a resposta de seu pai e rei de Portugal, ali mesmo mandaria construir um templo sob a invocação de Nossa Senhora da Boa Nova. E valha a verdade histórica, acabou por cumprir esta promessa.

 

 

 

 

 

 

Nossa Senhora da Fonte Santa

 

- Existe ainda uma outra lenda

No alandroal, em que se diz que numa prisão junto do mar, havia um homem algemado de pés e mãos.

Ele dizia-se inocente, mas ninguém o acreditava.

Ora, certo dia, o carcereiro foi levar-lhe comida e viu que as algemas tinham desaparecido, embora o preso ali estivesse. Porém, este dizia que não sabia o que se passara, reiterando a sua inocência.

Dias a fio, os guardas algemavam-no, mas as algemas desapareciam. Passados tempos nisto, o preso disse que as algemas haviam ido para a Terena, podendo ser encontradas na Igreja de Nossa Senhora da Boa Nova. E não é que lá estavam mesmo?! Acreditando então na sua inocência as autoridades soltaram-no.

E, por fim, uma terceira lenda que se refere à cruz do encontro.

É sobre a Ermida de Nossa Senhora da Fonte Santa. Pois para lugar desta foi escolhido um sitio num alto ao pé da estrada, vindo do lado da vila do Alandroal, onde hoje está a tal cruz.

Logo no inicio, os alvenéus colocavam os materiais para a edificação naquele ponto e, na manhã seguinte eles apareciam no sitio onde hoje está o pequeno templo. Quanto à massa, essa ficava no mesmo sitio, mas tão dura que não servia para nada! Ao cabo de alguns dias de tentativas, os construtores renderam-se ao sitio da vontade divina e foram compensados com o aparecimento de uma fonte – Santa Fonte! Que jorrava para a ribeira.