Album de Sabedoria
A Aranha
Um conto Tibetano fala de um estudante de meditação que, enquanto meditava em seu quarto, pensava ver uma assustadora aranha descendo à sua frente. A cada dia a criatura ameaçadora retornava cada vez maior em tamanho. Tão terrificado estava o estudante que finalmente foi ao seu professor para relatar o seu dilema:
“Não posso continuar meditando com tal ameaça sobre mim,” disse ele tremendo de pavor.” Vou guardar uma faca em meu colo durante a meditação, de forma que quando a aranha aparecer eu possa matá-la!”
O professor advertiu-o contra esta idéia:
“Não faça isso. Faça como eu lhe digo: leve um pedaço de carvão na sua meditação, e quando a aranha aparecer, marque um ‘X’ em sua barriga. Depois disso venha até mim.”
O estudante retornou à sua meditação. Quando a aranha novamente apareceu, ele lutou contra o impulso de atacá-la e em vez disso fez como o mestre sugeriu.
Então correu para a sala dele, gritando:
“Eu a marquei na barriga! Fiz o que me pediu! O que faço agora?”
O professor olhou-o e falou:
“Levante a túnica e olhe para sua própria barriga.”
Ao fazer isso, o estudante viu o “X” que havia feito.
A magia da comunicação
“Havia um cego que pedia esmola à entrada do Viaduto do Chá, em São Paulo. Todos os dias passava por ele, de manhã e à noite, um publicitário que deixava sempre alguns centavos no chapéu do pedinte. O cego trazia pendurado no pescoço um cartaz com a frase:
”Cego de nascimento. Uma esmola, por favor”.
Certa manhã, o publicitário teve uma idéia: virou o letreiro do cego ao contrário e escreveu outra frase. À noite, depois de um dia de trabalho, perguntou ao cego como é que tinha sido seu dia. O cego respondeu, muito contente:
– Até parece mentira, mas hoje foi um dia extraordinário! Todos que passavam por mim, deixavam alguma coisa. Afinal, o que é que o senhor escreveu no letreiro?
O publicitário havia escrito uma frase breve, mas com sentido e carga emotiva suficientes para convencer os que passavam a deixarem algo para o cego. A frase era:
“Em breve chegará a primavera e eu não poderei vê-la”.
Na maioria das vezes não importa O QUE você diz, mas COMO você diz.