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Contos e Lendas

12
Jan24

Chamusca – O Homem da Terra

Há pelo menos, três lendas como origem do topónimo Chamusca. Uma delas conta-nos que por estes lugares era tudo matas.

Procedentes do norte, chegaram uns viajantes cansados e com frio. Acamparam e fizeram as suas fogueiras. Adormeceram sem sentinelas, pelo que não deram pelo alastrar das fogueiras ao mato e quando despertaram, esta tudo aquilo a arder. Eles estavam cercados pelas chamas. E ergueu-se uma voz comum pedindo a Deus que lhes desse um bom fim. Então, uma pequena nuvem surgiu entre a fumarada e dela jorrou água até extinguir o incêndio. E a terra ficou a fumegar, queimada, chamuscada.

E Chamusca se passou a chamar. E no alto do monte mais próximo foi edificada uma pequena ermida dedicada aa Nossa Senhora do Bom Fim, a quem os dali atribuíam a salvação.

 

 

A outra lenda toponímica diz que, quando Santa Iria foi assassinada em Nabância, o seu corpo foi atirado ao rio Nabão, por onde foi dar ao rio Tejo. Passando o seu corpo envolto no seu escuro manto diante da Chamusca, os que o viram julgaram ser um saco de carvão e não lhe ligaram. Como castigo Divino, ficou que, os da Chamusca ficassem muito morenos de rosto, como da cor do carvão. Daí diz-se: «Chamusca, terra branca, gente fusca…

 

A terceira tradição

 Diz que o nome da Chamusca, veio, isso sim, de Cham  Busca (chão busca), porque Rui Gomes da Silva, príncipe de Eboli e duque de Prastana, retirando-se da corte de  Filipe II, procurou o lugar ideal para se fixar e encontrou-o em Valverde, hoje as ruínas de Arício, que fora uma cidade romana e séculos depois  uma boa quinta! Quem for à Chamusca procurará a ponte romana sobre o ribeiro Arraiolos, no vale do mesmo nome. Uns poucos metros abaixo dará com uma gruta. É a Cova da Moura. Pode entrar, a moura há muito tempo que lá não está, mas ali foi o lugar onde ela viveu

Sabem a lenda da Cova da Moura? Pois aqui está.

Tomados os castelos de Abrantes e de Almourol, as tropas de D. Afonso Henriques atravessaram o Tejo, e foram dar ao que hoje se chama Casal do Famão. Ali, estava uma atalaia moura de onde a sentinela comunicava com outra , situada mais além, no que hoje é Vale do Porco, e por aí fora. Os portugueses apanharam o mouro e obrigaram-no a dizer onde estava o rei. Logo que souberam, foram à desfilada até ao quartel, deles, aproveitando de uma construção romana. Houve uma batalha e o rei mouro de fugir com o resto dos seus homens. Afonso Henriques perseguiu-os, mas deixou um grupo de cavaleiros no quartel. Os deste grupo fizeram uma revista completa ao quartel e deram com uma porta secreta para uma cova. Abriram-na e ordenaram a quem lá estivesse que saísse. Saiu a princesa moura, lindíssima, que a todos deslumbrou pela beleza e pelas riquezas que vestia e com que se adornava. Quando a levaram ao rei, com os demais despojos, D. Afonso mandou entregá-la ao pai, dizendo que não precisava de reféns para ganhar batalhas. Mas foi  tal a fama do achado que todos queriam ir ver o que chamavam a Cova da Moura.

Contos e Lendas

12
Jan24

Quanto a comida quer o sal

 

Cada filha era uma formosura, e  o rei quis saber quanto elas gostavam dele.

Juntou-as e fez-lhe a pergunta:

A mais velha, sabendo que o pai gostava de palavras bonitas respondeu:

- Amo tanto o meu pai como a luz cintilante das estrelas!

O rei ficou contente e voltou-se para a filha do meio, que lhe disse:

- Meu pai, amo-o tanto como ao raio da lua cheia que se reflete nas águas do mar!

Muito agradado pela maneira como a filha lhe falara, aguardou pela resposta da filha mais nova:

- Quero tanto ao meu pai quanto a comida quer o sal…

Já o rei não gostou nada desta resposta e, colérico, ordenou:

- Filha ingrata sai do palácio!

Muito triste, a princesa foi-se embora, levando consigo apenas o anel que comprovava a sua qualidade.

 

Atravessou todo o reino, percorreu outro e outro, até que chegou a um reino longínquo.

Ali ouviu um Arauto proclamar que estavam a querer contratar uma ajudante de cozinha para o palácio real. A princesa conseguiu que lhe dessem esse lugar.

Ali, humildemente, fez o que nunca fizera na vida, lavando panelas, descascando batatas, aprendendo a cozinhar.

Ora, quando o jovem rei desse reino fez anos, a princesa fez um bolo e meteu dentro o seu anel.

Ele ao partir o bolo, encontrou-o e, logo viu que pertencia a pessoa real.

Chamou logo o mordomo principal do palácio e ordenou-lhe que descobrisse a quem pertencia aquele anel.

Depois de algumas investigações, levaram-lhe a ajudante de cozinha.

O rei ficou admirado com a beleza da menina e perguntou-lhe quem era.

Ela contou ao rei como tinha ido ali parar. Mas tanto como a história o impressionou, o monarca apaixonou-se pela linda menina e pediu-a em casamento, ao que ela aceitou.

Anunciado o noivado, fizeram-se os convites

Seria um grande banquete na véspera do casamento e que toda comida fosse bem temperada, excepto para um lugar onde seria servida sem sal.,

destinando-se este lugar ao rei pai da princesa.

Quando chegou a altura do repasto, todos comiam satisfeitos, excepto o pai da jovem, que fazia caretas a cada garfada. Por fim deixou de comer.

Como lhe perguntassem se não gostava das iguarias, respondeu relutante:

- A  minha comida não tem pitada de sal…

Então o rei que ia casar com a filha dele, observou:

- Mas não foi Vossa Majestade que repudiou uma filha por ela lhe ter dito

que lhe queria tanto quanto a comida quer o sal?

O  rei caiu em si e compreendeu que tinha sido extremamente injusto com a filha que, afinal de contas tanto o amava!

Apareceu entretanto a princesa e, pai e filha abraçaram-se. Então, ela porque gostava muito do pai, logo ali lhe perdoou. Fez-se então o casamento e os dois reinos ficaram amigos…

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Contos e Lendas

04
Jan24

São João da Pesqueira - A Lenda da Fraga do Sapatinho 

 

Na freguesia de Riodades, conta-se a lenda da Fraga do Sapatinho, que se refere a

São Gens, que viveu pelo século XII.

Este Santo é o padroeiro dos agricultores, e a sua imagem esá na capela de São Salvador

De Riodades.

Pois andava um dia São Gens a lavrar com uma junta de bois, quando lhe apareceu

um lobo. Com toda a desfaçatez, mesmo à vista de quem lavrava, o lobo comeu um

dos bois. Logo o Santo deitou a mão ao lobo e obrigou-o a emparelhar à canga

com o boi que lhe restava, continuando a lavrar!

São Gens é representado vestido de lavrador e com um boi e um lobo à charrua.

Porém, o São Gens de Riodades, tem uma mão a cobrir-lhe a cara por vergonha de ter batido na mãe! O povo da freguesia , cheio de boa vontade, fez-lhe uma capelinha no alto de um monte.

Porém, o Santo não gostou de lá ficar tão isolado, nem da própria capela. E um dia deu um salto para cima de uma fraga, onde deixou as marcas do calçado que levava pelo que passou a ser aquela a Fraga do Sapatinho. Diz-se também, que há marcas dos joelhos, dos cotovelos e da chifradura

do Diabo, numa enorme fraga do cume do monte do Ermo. Diz-se que certo dia o Diabo estava lá deitado ao sol quando por qualquer razão, teve de fugir. Tropeçou, caindo da tal fraga, onde ficou tudo gravado.