contador de visita

Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

http://joaoalegria.blogs.sapo.pt

<div id="sfc33p9rmnbqy98b4ahfpn4a6hu3sah3hg5"></div> <script type="text/javascript" src="https://counter8.stat.ovh/private/counter.js?c=33p9rmnbqy98b4ahfpn4a6hu3sah3hg5&down=async" async></script>

http://joaoalegria.blogs.sapo.pt

<div id="sfc33p9rmnbqy98b4ahfpn4a6hu3sah3hg5"></div> <script type="text/javascript" src="https://counter8.stat.ovh/private/counter.js?c=33p9rmnbqy98b4ahfpn4a6hu3sah3hg5&down=async" async></script>

Contos e Lendas

25
Jul23

Barcelos
Lenda da Capela das Cruzes
Barcelos é também uma cidade polarizadora das atenções de milhares de pessoas por altura da Festa das Cruzes.
Pois há uma lenda relacionada com a magnífica Igreja das Cruzes. Não exactamente com ela, que foi construída entre 1705 e 1729, mas com a anterior, do inicio do século XVI.
Pois a lenda conta-nos como um tal D. Pedro Marins, um fidalgo conquistador, tentou requestar a filha do sapateiro João Pires. E o homem foi tão insolente, que o sapateiro pregou um par de bofetadas que lhe ficaram marcadas na cara que lhe ficaram marcadas por muito tempo.
Pois deu-se o caso de a rapariga um dia ter ido à paria de Esposende recolher despojos de um naufrágio e trazer para casa o pedaço de uma cruz, que lançado pelo pai ao fogo, maravilhou as gentes ao ser projectada numa das ruas de Barcelos.
O fidalgote quis levantar o ovo contra o sapateiro, mas acabou por se render à realidade Divina.
Era então vê-lo ajoelhado pedindo perdão pela injustiça e comportamento que cometera e exortou os Barcelenses a erguerem a antiga Capela das Cruzes da qual a actual Igreja é sucessora.

 

Contos e Lendas

18
Jul23

São João da Pesqueira - A Lenda da Fraga do Sapatinho 

 

Na freguesia de Riodades, conta-se a lenda da Fraga do Sapatinho, que se refere a

São Gens, que viveu pelo século XII.

Este Santo é o padroeiro dos agricultores, e a sua imagem esá na capela de São Salvador

De Riodades.

Pois andava um dia São Gens a lavrar com uma junta de bois, quando lhe apareceu

um lobo. Com toda a desfaçatez, mesmo à vista de quem lavrava, o lobo comeu um

dos bois. Logo o Santo deitou a mão ao lobo e obrigou-o a emparelhar à canga

com o boi que lhe restava, continuando a lavrar!

São Gens é representado vestido de lavrador e com um boi e um lobo à charrua.

Porém, o São Gens de Riodades, tem uma mão a cobrir-lhe a cara por vergonha de ter batido na mãe! O povo da freguesia , cheio de boa vontade, fez-lhe uma capelinha no alto de um monte.

Porém, o Santo não gostou de lá ficar tão isolado, nem da própria capela. E um dia deu um salto para cima de uma fraga, onde deixou as marcas do calçado que levava pelo que passou a ser aquela a Fraga do Sapatinho. Diz-se também, que há marcas dos joelhos, dos cotovelos e da chifradura

do Diabo, numa enorme fraga do cume do monte do Ermo. Diz-se que certo dia o Diabo estava lá deitado ao sol quando por qualquer razão, teve de fugir. Tropeçou, caindo da tal fraga, onde ficou tudo gravado.

Contos e Lendas

12
Jul23

Benavente – Memorial de São Baco

Será que são Baco consta do vosso hagiológico?

Estão mais habituados a tratar com o velho Baco das videiras e dos vinhos mitológicos, não é? Mas acalmem-se que este São Baco ou São Máculo, foi um mártir efectivamente, cristão, disputadíssimo pelos povos de Benavente e de Salvaterra de Magos. Houve até um príncipe que ofertou ao convento de Jericó , em Benavente, a relíquia de um ossinho da cabeça de São Baco. E lá está também uma boa imagem dele, vestindo o hábito dos frades arrábidos. É o advogado das sezões, e o resultado é que a imagem tem tem as costas raspadas, pois há quem queira curar as suas maleitas fazendo uma mistela com pó do santo dissolvido em água. Até se dizia que curava o paludismo. E o problema é que se afirmava que quem se risse das propriedades curativas de São Baco sofreria  terríveis febres!

Mas vejams agora a lenda de São Baco. Pois um camponês prometera-lhe, como paga da sua ajuda a arranjar emprego numa quinta, levar-lhe um cacho das melhores uvas da sua colheita. E levou-lho, colocando-lho no altarzinho. E o cacho esteve meses ali, sempre em bom estado de conservação, como se não tivesse saído da parreira, diziam alguns. O pior foi quando o homem, por qualquer razão, foi despedido. Zangado, foi ao Convento de Jericó, entrou na igreja, direto ao altar de São Baco deitou a mão cacho e ali mesmo comeu as uvas!

Houve que visse este acto e o seguisse. Assim, soube-se que, quando ele entrou em sua casa, sentiu-se mal e acabou por morrer nessa mesma noite. Por isso, as pessoas dizem que aquilo foi castigo do mártir.

Em 1834, quando foram extintas as ordens religiosas e confiscados os mosteiros e conventos, ao ser destruído o de Jericó, a população de Benavente, foi lá buscar a imagem para a igreja matriz. E porque a imagem sempre tem mais de um metro de altura, levaram-na num carro puxado por uma junta de bois. Porém, a coisa complicou-se. Carregados com a imagem, os bois não conseguiam avançar. Mas quanto a recuar, isso pareciam fazê-lo até de bom grado

Furioso com o que lhe pareceu ser birra de São Baco, o campino que dirigia a manobra picou os olhos da imagem com o aguilhão e, como castigo, logo ali ficou cego.

Os de Salvaterra de Magos, vendo que os de Benavente não faziam deslocar o Santo, aí por meados do século dezoito foram eles a Jericó buscar a imagem de São Baco. Carregaram-na, é verdade, e avançaram com ela on seu bocado, sem que os bois  se mostrassem cansados. Mas aquilo foi ilusão de momento, pois num repente os bois pararam e o carro atascou.

Passou então por eles um velho de longas barbas que disse:

- Voltem os bois para trás que eles andarão até ligeiros. Doutro modo o carro nunca mais sairá daí! E assim foi, ficando no ar a dúvida se o velho teria sido o próprio São Baco.

 

 

 

 

 

Contos e Lendas

05
Jul23

A Moura e o Castelo

 

Sabe-se lá quando e por quem Alcoutim foi fundada! Mas sabemos que D. Manuel I lhe atribuiu foral, assim como temos conhecimento de que num dos mais pontos do concelho à ilharga do Guadiana, há vestígios de um castelo tão antigo que até se diz que foram os Mouros que o construíram.

Mas, segundo os entendidos, até poderá ser mais do passado.

Há, e é de supor que não lhes será desconhecido, que nesse local está encantada uma Moura.

É por isso que pela noite, mesmo com a ideia de que ela dispõe de um imenso tesouro,  não há quem se meta a galgar os 2 quilómetros entre Alcoutim e o que resta do seu castelo só para a desencantar!

E desencantar a Moura seira obra. Porquê? Ora quem o quiser fazer terá de lutar com um monstro, vencendo-o.

E onde é que estão os valentes?

Para maior precisão esclarecemos que bem próximo das ruinas do castelo há duas velhíssimas azinheiras.

Pois a Moura encantada, segundo a lenda, anda por ali pairando. E o candidato a desencantador terá de se apresentar a um 17 de Março, precisamente à meia noite, apenas armado de armas brancas – punhal, espada, assim. Então aparecer-lhe-á um monstro enroscado, um dragão ou uma serpente, mas de grandes dimensões e a soprar furiosamente. Ora, isto tem contribuído para dissuadir o desencantamento. E a pobre Moura lá vai sofrendo a cobardia das gentes, que nem sequer se lembram do tesouro que constitui a recompensa!

 

Pois temos mais material lendário sobre o castelo.

Conquistado este aos Mouros em 1240, o rei Sancho II ordenou a alguns cavaleiros que o ocupassem. Entre estes encontrava-se Rui Gomes, que, tomando a chefia, ordenou que fossem poupadas as vidas dos  Mouros achados ali dentro. Percorreu então todas as instalações, indo dar a uma sala onde se encontrava o ex-alcaide e a sua belíssima sobrinha.

Cumprimentaram-se.  O Mouro disse que a jovem era noiva do seu filho Hassan, que abandonara o castelo para não conhecer o peso da derrota. Bem, a lenda conta que Rui e Zuleima, assim ela se chamava, se apaixonaram ao primeiro olhar e viveram felizes uns meses. Isto até que, um dia, devido a um pressentimento de que poderia haver um mensageiro do rei para si no castelo. Rui Gomes deixou a Zuleima e cavalgou até lá. Ao chegar foi apunhalado por um mouro embuçado que não era senão Hassan a vingar-se. Mas caindo Rui Gomes aos pés do antigo noivo, assim caiu desmaiada Zuleima em sua casa. O mouro puxou-a para o seu cavalo e partiu a galope.

Porém o assassino foi visto por quatro soldados, que o perseguiram e, junto daquelas duas azinheiras referidas a pouca distância da fortaleza, lançaram-lhe as suas lanças e ali o mataram.

E é por isso que o espírito da Moura anda ali pelas azinheiras. E que há quem ouça um soluçar convulsivo, como se ela chorasse o seu amado Rui,