contador de visita

Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

http://joaoalegria.blogs.sapo.pt

<div id="sfc33p9rmnbqy98b4ahfpn4a6hu3sah3hg5"></div> <script type="text/javascript" src="https://counter8.stat.ovh/private/counter.js?c=33p9rmnbqy98b4ahfpn4a6hu3sah3hg5&down=async" async></script>

http://joaoalegria.blogs.sapo.pt

<div id="sfc33p9rmnbqy98b4ahfpn4a6hu3sah3hg5"></div> <script type="text/javascript" src="https://counter8.stat.ovh/private/counter.js?c=33p9rmnbqy98b4ahfpn4a6hu3sah3hg5&down=async" async></script>

Contos e Lendas

30
Mar23

Açores - Ilha Terceira - Lagoa do Negro

 

Esta lenda conta a história de como a Lagoa do Negro, na ilha Terceira, apareceu. Conta-se que, há séculos, existia uma família nobre na Terceira, com escravos negros. A única filha do patriarca era submissa e receava o pai, e aceitou sem questionar um casamento imposto. A moça, presa num casamento por conveniência do pai, apaixonou-se por um escravo, que também a amava.

Um dia, uma aia que seguia a morgada para todo o lado, escutou os apaixonados a falar do seu amor, e foi contar ao seu amo. Este, vexado e enraivecido, ordenou que se prendesse o escravo.

O homem, ao ouvir cães de caça e cavalos ao longe, percebeu que o buscavam e pôs-se em fuga. Fugiu pelos montes e vales, até não mais conseguir correr, e deixou-se cair em desespero. Diz a lenda que o escravo começou a chorar tanto e com tanta tristeza, que as suas lágrimas fizeram nascer uma lagoa à sua frente. Assustado e encurralado, ouvindo os cavalos cada vez mais próximos, correu colina acima e atirou-se para a lagoa, onde morreu afogado.

Contos e Lendas

29
Mar23

Amares

Lenda A Fidalga Branca

 Depois de demorada visita ao Mosteiro de Rendufe, com a surpreendente descoberta do túmulo de um seu antigo comendatário, Henrique de Sousa, vamos até à freguesia de Fiscal para uma visita à Casa da Tapada, onde viveu e morreu o poeta Sá de Miranda. Aproveitemos para degustar o excelente espumante que hoje ali se faz, murmurando ali dois versos do poeta.

Depois, vamos à Casa do Castro, dos Machados, onde, franqueado o aberto portal de acesso, surgirão uns cães bravos insistindo em expulsar-nos do espaço. Pois este é o território da lenda da Fidalga Branca.

Antes do mais, esperemos que a noite nos sirva para vermos a Fidalga Branca – sobre o mais alto das muralhas da casa acastelada do Castro, uma figura de mulher envolta em um manto alvíssimo. Quem é? D. Maria da Silva, de casa nobre de Ponte da Barca, casada com Francisco Machado, filho de Manuel Machado, este senhor do Castro e íntimo do grande Sá de Miranda. Na Casa da Tapada, vivia então o filho do poeta, Jerónimo de Sá, e sua mulher. Henrique de Sousa, comendatário do Mosteiro de Rendufe, era, como Jerónimo, das relações de Francisco Machado, Jerónimo de Sá é que não se livra de ter tentado requestar D. Maria da Silva, que foi virtuosa senhora. Porém, por motivos obscuros – a que a cobiça da disputada comenda de Rendufe não deve ser estranha – Jerónimo de Sá esforçou-se por intrigar Francisco Machado com D. Maria da Silva, dizendo que esta lhe era infiel. E a coisa foi a ponto de ter comprado um criado do Machado para rondar o paço com a mula de Henrique de Sousa, dando a entender que ele se encontrava nos aposentos de D. Maria da Silva.

Francisco Machado, ante uma evidência tão bem construída, de espada em punho entrou no quarto da esposa e viu-a adormecida, de cilicio cingido. Virtuosa senhora! Mas o filho de Sá Miranda era um pulha de primeira, pois insistiu na acusação. E a situação chegou a um ponto extremo. 

Estando D. Maria da Silva a jogar às tabuinhas com o inocentíssimo Henrique de Sousa, um escravo negro de Francisco Machado esmagou a cabeça do comendatário. D. Maria da Silva, gritou ante o crime, e, o marido, instigado por Jerónimo, tentou dar-lhe uma cutilada com a própria espada, mas esta desfez-se em três bocados.

Diz a lenda que a esposa dissera ante a ameaça: «O Espirito Santo se entreponha ente mim e essa espada!» Mas logo o filho do poeta estendeu a sua espada ao amigo e o segundo golpe foi fatal.

Lá foi o corpo da senhora a enterrar em Ponte da Barca, na capela da sua família. Porém, se foi o corpo,o espirito entendeu quedar-se na Casa do Castro, deambulando pelos seus corredores e aposentos, atormentando os moradores. Já a população daquele rincão de Amares jura e volta a jurar que a Fidalga Branca em algumas noites aparece.

Contos e Lendas

29
Mar23

Abrantes

A Buraca da Moura

 

Falando em Alvega e vamos agora a Areia-Casa Branca na margem esquerda da ribeira da Represa, um pouco abaixo das ruínas do pequeno monumento romano perto da ponta da estrada 118.

Passava ali a via romana que de Abrantes ia para Alvega, Gavião, Arronches, até Mérida. Ora, naquele sitio é a Buraca da Moura, seja uma fenda, que não escapa à tenda!

E a lenda conta que naquela buraca vivia escondida uma  bela Moura, naturalmente encantada. Apenas saia de noite para cantar as suas tristezas. Ora, também é voz corrente que naquela buraca começa um túnel que, que passando sob a ribeira, alcança a margem direita da Represa e vai dar algures, a alguns quilómetros dali. Só que a memória popular perdeu a localização dessa saída, e, já ninguém se arrisca a fazer o túnel por dentro. Uma vez um pastor terá dito que ali, junto à Buraca da Moura, lhe desapareceu uma cabra e só deu com ela bastante longe, lembrando-se do túnel. Mas também não deu com a outra saída – ou entrada!

Num livro sobre monumentos militares, fala-se num túnel devido à engenharia romana, para passagem directa  da água da barragem para campos agrícolas, mas a verdade é que a orientação dada na obra não corresponde à orientação do túnel da lenda. Também por isso é lenda e tem uma moura encantada de serviço…

 

E já agora, será que ainda está na Igreja (abrantina) de São Vicente essa relíquia que é o dente de São Vicente? Se está. Saibam que quem para lá a levou foi Pedro Afonso, irmão bastardo de D. Afonso Henriques. Outras relíquias do mártir estão em Lisboa, na Sé e, ao que parece, também na Igreja de São Vicente de Fora.

 

 

 

 

Contos e Lendas

14
Mar23

Venho neste momento pedir desculpa aos meus seguidores destes meus Blogs pela interrupção, pois surgiu um pequeno problema que já está resolvido e assim continuarei a oferecer-vos as minhas publicações.

  João Rodrigues

Contos e Lendas

14
Mar23

Celorico a Beira

Os Três Milagres

1

Dirija-se o leitor a Celorico da Beira, e aí decerto encontrará placa indicativa da Aldeia Rica, a uns 8 km iga pela estrada até lé chegar, onde não terá dificuldade em encontrar a igreja de Nossa Senhora dos Açores. Entre e repare em três belos painéis assim intitulados: O Aparecimento da Virgem ao Rústico da Vaca, O Açor pousado na mão do Caçador e o Filho Rei já Ressuscitado, pois aí acaba a lenda que vamos começar. Ora escutem:

Andava um pastor de Aldeia Rica com as suas vacas quando uma delas se espantou e caiu ao rio. Vai o homem a querer salvá-la e e também ficou em perigo de vida. Então, ele lança um grito:

- Valei-me, minha Nossa Senhora!

E o pastor e a sua vaca tresmalhada salvaram-se, não tardando que aquilo fosse levado à conta de milagre. E a população sempre grata a estes sinais, ergueu uma pequena capela a Nossa Senhora.

 

2

Também não tardou que se multiplicassem os milagres e a fé, a ponto de a fama ter chegado a um rei de um recanto da Península. Nesse pequeno reino, os monarcas viviam com o desgosto de não terem um filho. Sabedores das maravilhas operadas na Aldeia Rica rezaram a Nossa Senhora que não os fez esperar mais que o tempo devido. Porém um acidente qualquer fez com que a criança ficasse defeituosa, o que amargurava muito os reis seus pais. Chamaram médicos de todas as partes, mas acabaram por se voltar, uma vez mais, para a Nossa Senhora de Aldeia Rica. Discutiram se deveriam pôr-se a caminho, dada a debilidade do filho. Vemceu a mãe, que entendeu valer a pena a jornada. Porém, a criança desfaleceu e morreu quando até já nem faltava muito para terminarem a viagem aos pés de Nossa Senhora. Mesmo assim, em vez de permitir que lhe enterrassem o filho, a rainha quis levar o corpo nos braços para o deixar aos pés da virgem. E o rei fez-lhe a vontade. Quando chegaram a Aldeia Rica, a rainha foi cumprir o prometido. O rei saiu a caçar com os da sua comitiva. Às tantas, um dos seus homens largou em liberdade o Açor que levava no braço. Denunciado, o rei logo o julgou e mandou que lhe cortassem a mão direita. O homem defendia-se dizendo que os pássaros tinham direito à liberdade. E quando o executor se preparava para cortara mão, o Açôr deu uma volta e colocou-se sobre ela. Ao mesmo tempo a rainha dava um grito porque o filho recobrava a vida e ficava curado dos seus males. Emocionado, o rei mandou soltar o prisioneiro e os outros Açores. E ali mesmo mandou erguer uma igreja a que deu o nome de Nossa Senhora dos Açores, ainda hoje motivo de admiração de toda a gente.

3

Também há quem se lembre da lenda de quando o alcaide-mor de Celorico, estando cercado no castelo por aquele que viria a ser D. Afonso III recorreu ao expediente de lhe mandar cozinhada uma truta que uma águia deixara cair na barbacã. Julgando-os fartos de cozinha o sitiante abalou com os seus

 

 

 

Celorico de Basto – A Santa Senhorinha

Deve-se a Braamcamp Freire, em Os Brasões da Sala de Sintra, uma concisa biografia de Santa Senhorinha, venerada em Terras de Basto. Pois essa biografia tem foro de lenda. E esta lenda começa com a morte de D. Teresa, a condessa de Basto, poucos dias após ter dado à luz aquela que viria a chamar-se Senhorinha. E este nome nasce da exclamação de seu pai ao vê-la tão pequena quando nasceu:

- Ai! Quão miudinha és, minha senhorinha! Filha segunda dos condes de Basto, a menina foi educada por uma sua tia freira, Godinha e irmã de Teresa. E a educação foi de tal modo que Senhorinha apenas pensava na sua entrega Deus. Por isso, cumprindo sete anos, o filho de um conde muito rico, apaixonou-se por ela. E disse-lho. Apesar da sua pouca idade, a menina respondeu-lhe que ela não estava reservada a fazer vontades a ninguém, nem ao pai, nem ao pretendente. E este correu a contá-lo ao pai de Senhorinha.

O conde ficou irritado com a desfaçatez da filha e chamou-a logo. E ela lembrou-lhe de que desde havia muito estava traçado o seu futuro como esposa de Deus! O conde ficou perplexo com a resposta da filha. Pensativo passou o resto do dia, e quando adormeceu, apareceu-lhe em sonho um Anjo do Senhor a confortá-lo, dizendo-lhe que, afinal, que Senhorinha escolhera o melhor destino, uma vez que ela tinha decidido ser esposa de Jesus, que a deixasse seguir a vocação.

Logo pela manhã, o conde contou a visão que tivera à filha, e nesse mesmo dia providenciou o início da construção de um mosteiro que passaria a designar-se como São João de Vieira. Seria sua primeira abadessa a cunhada freira beneditina, Godinha. Aí em 970, o conde assistiu à profissão de Fé de Senhorinha, que tinha pouco mais de 8 anos.

Quando faleceu a abadessa Godinha, Senhorinha, que lhe herdou o cargo, pressionou a família para que edificasse um novo mosteiro em Basto e nele se recolheu. No entanto, o estado de saúde da jovem não era muito bom. Os frequentes jejuns e a mortificação com os cilícios abalaram-na muito. Porém já a nova abadessa tinha uma aura de santidade. Fez que aparecesse farinha quando já não havia que comer no Mosteiro de Basto, mandou também calar as rãs, cujo coaxar perturbava os cantos religiosos, arredou tempestades e quebrou os grilhões com que seu irmão foi preso. Porém depois de morta, diz a lenda que deu vista a um cego, entre outros milagres que lhe são atribuídos. 

Já agora temos um bocadinho de tempo, engtremos no Castelo de Arnóia e sondemos os seus lugares mais isolados. Ah, não se assustem, esses queixumes que parecem vir dos confins da terra são de uma princesinha moura encantada. Teve amores com um fidalgo cristão, que a deixou para casar com uma da sua fé.