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Contos e Lendas

07
Fev23

Carregal do Sal – A Bácora Russa e mais

 

1 - Em Carregal do Sal, subindo a estrada do Belogão, no lugar da Portela, a uns 200 metros do crazamento do Calvário, com um pedaço de atenção encontra-se uma poça de água um pouco mal encoberta por uma sebe e cedros. Conforme a lenda, ao soarem as 12 badaladas da meia-noite na igreja Matriz de Oliveira do Conde, pela boca da referida mina saía uma grande porca seguida pela ninhada os seus leitões. E não foram poucos aqueles que ao longo dos tempos afirmaram ter visto tal coisa! Claro, depois do pôr do sol poucos eram os que se atreviam a sair para aqueles lados, não fossem dar de caras com a tal procissão. É que, dizem, a porca é a figuração do Diabo, e os leitões, a sua corte infernal! Bem, mas há cerca de um século e tal foi feita a Estrada Nacional, apareceu o caminho-de-ferro e a luz eléctrica também foi instalada. Ora, tudo isto provocou grande movimento da zona, espantando medos e afins. Hoje, já ninguém se incomoda passar por ali sequer à meia-noite. Embora a poça e a mina continuem a ser o lugar da Bácora Ruça, o espírito do lugar é outro. E aqueles que escutaram a lenda a tremer já a contam, sorrindo, aos netos nas n oites de inverno.

 

2 - Pois em Oliveira do Conde há um carvalho que ainda tem vida e em cujo tronco, oco, cabem algumas pessoas. Ali a dois passos é a Capela de Nossa Senhora dos Carvalhais, cuja imagem esteve escondida no troco do carvalho para que não desse com ela o mouro Almançar quando arrasou  boa parte da Península. A  imagem de Nossa Senhora dos Carvalhais salvou-se porque alguém assim a escondeu. E 18 anos esteve naquele oco!

Outra imagem , a da Senhora da Ribeira, apareceu junto de um  penedo junto de Parada (hoje lá está na igreja), na margem direita do Mondego. Conta a lenda que o dono das terras onde se encontrava o penedo, um emigrante na América, resolveu rebentá-lo para aproveitar a pedra, destinando-a a um muro de proteção às suas culturas e aos moinhos. Os pedreiros eram relutantes, mas o emigrante mostrou-se inflexível. Rebentando o penedo, deu-se serventia às pedras. Mas nesse inverno houve tão grandes cheias que rebentaram com o muro, com as culturas e os moinhos!

 

3 - Fique agora exarada a maneira como se chegou à invocação de Nossa Senhora das Boas Novas. A lenda vem das Invasões Napoleónicas, precisamente do tempo da segunda. O centro do País foi ocupado, e os franceses levavam tudo adiiante. O povo de Sobral, aflito, resolveu meter-se numas minas ali perto. E ali ficaram durante semanas, esfomeados, aflitos quanto ao futuro. Ora de acordo com a lenda, os invasores chegaram a Sobral e virama aldeia deserta. Procuraram os habitantes um pouco por toda a parte, e nada, não apareciam. Os Franceses inventaram então um estratagema qe consistia em gritarem em português: «Ó Maria, anda embora, já se foram  os Franceses!»  Mas os de Sobral não respondiam. O silêncio era tanto que as aranhas fecharam as min as com as suas teias. Os escondidos rezaram a Nossa Senhora, e quando os invasores se foram embora mandu um raio de sol avisá-los à porta da mina. E assim nasceu a invocação  de Nossa Senhora das Boas Novas.

 

Contos e Lendas

01
Fev23

Carrazeda cde Anciães – A Senhora da Esperança

 

Uma mão-cheia de lendas? Pois vamos ver algumas ligadas à investigação arqueológica.

Pois, no que se refere ao castelo medieval de Carrazeda de Anciães, há muitos anos em estado de ruína, ainda que seja monumento nacional, conta-se que, «a meio do recinto fortificado, há vestígios de uma cisterna pou poço que comunicava por baixo da terra e do rio Douro com as ruínas de Freixo de Numão». Aliás, isto é frequente, sob a alegação da necessidade, em caso de cerco, os sitiados poderem abastecer-se de água ou darem de beber aos seus cavalos.

Já no lugar da Beira Grande, onde existe um castro e a Ermida de Nossa Senhora da Costa, há uma «lenda da moura encantada ligada à Fonte Santa, muito concorrida  de  enfermos para remédio de seus padecimentos, mas secou-se porque curaram nela as mataduras de um burro»!

Na freguesia de Linhares, a quatrom léguas de Carrazeda, há a figura de um porco de pé numa fonte de cantaria, à maneita de poço. É a Fonte do Porco. Pois no sítio de Vale de Abade, termo de Campelos, conta-se que um homem «viu figos a secar, e, querendo apanhá-los, converteram-se em bolas de ouro».

A um par de léguas da cabeça do concelho fica a freguesia de Seixo de Anciães. Exactamente no sitio conhecido por Calçadas, à beira do caminha que conduz ao Douro, há uma escavação semelhante a uma ferradura sobre uma pedra rectangular. E, perto da ferradura, está gravada uma cruz. Diz a lenda que «o Diabo, partindo das Calçadas montado no seu cavalo, desejando juntar-se ás feiticeiras que habitualmen te às sextas-feiras dançam pela meia-noite na fraga do Sívio ou Ôla, queda-d´água de mais de trinta metros de altura, um pouco abaixo da povoação do Pinhal do Douro, onde existem também sinais de ferradura do cavalo, deu um salto do dito caminho até ali, alcançando assim de um pulo seis mil e quinhentos metros que separa m os dois pontos»!

A três léguas  juntas de Carrazeda de Anciães, fica a aldeia de Vilarinho da Castanheira, cabeça de freguesia. Tem três antas no seu termo, e uma delas é conhecida como a Pala da Moura, situada no lugar do Couto, a três quilómetros do povoado. Em 1923, contavam-se-lhe oito esteios e a cobertura, a mesa, como ale lhe chamam. Pois, segundo a lenda, a mesa, calculada pelo arqueólogo Santos Júnior em 7.500 Kg, foi colocada na anta por uma moura, «que a trouxe de grande distância à cabeça, ao mesmo tempo que ia fiando uma roca e ampatava ao colo um filhinho». Comentava o referico invertigador que «o filho devia ir às costas da mãe, suspenso pelo seu xaile, e só assim é que teria os braços livres para poder fiar a roca. É o processo adoptado pelas mulheres mirandesas, ao conduzirem a junta das vacas e guiarem o arado, quando lavram a terra.