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Contos e Lendas

22
Nov22

Saltar sobre o buraco – Alter do Chão

Entre o Castelo de Alter do Chão e o Castelo de Alter Pedroso – um lugar da freguesia

distando 3 km da sede do concelho, terá havido um túnel de ligação.

Com um bocado de trabalho, ainda hoje se encontram vestígios dessa passagem. Ora diz-nos ainda a lenda, ali perto havia a Cova da Moura Encantada. Aproximando-se desta, um homem ficaria preso para sempre aos seus encantos; caso fosse uma mulher, teria de submeter-se a um salto sobre o buraco -passando sem cair, seria feliz; caso contrário, a vida amorosa transformar-se-ia numa desgraça.

Mas o povo não deixa de acrescentar que junto do portão – portão gótico do Castelo de Alter Pedroso – aparecia uma serpente que atacava e matava quem se aproximasse de olhos abertos.

Bem, a verdade é que ainda hoje há raparigas que se dispõem a saltar o buraco para saber da sua sorte aos amores e também quem passe ao portão com os olhos fechados, não vá sair-lhes a serpente

 

Na rua de São Sebastião em Alter do Chão, fica a Igreja do Senhor Jesus do Outeiro, exactamente no lugar onde consta ter existido a ermida do santo que dá o seu nome à artéria.

Nas Ordenações Afonsinas está exarado haver nobres que conseguiam viver à custa dos camponeses, chegando a suas casas e exigindo-lhes quanto de bom tinham para seu sustento. Muitos deles até se sentiam no direito de se hospedarem, abusiva e gratuitamente, em casa dos homens mais ricos quando andavam pelo País.

Ora, isto ocasionava bastantes queixas. E o mais grave destes casos refere-se a um fidalgo alentejano que se quis hospedar dentro de Alter e os homens bons recusaram permitir-lho. Vai o fidalgo, incomodado, apresentou queixa ao rei. Este não teve dúvidas em dar razão aos Alterenses. Então o fidalgo arregimentou uns quantos homens de armas e,  de surpresa caiu sobre Alter do Chão e matou as 12 personagens mais destacadas que lá moravam, ou seja, os lavradores mais abastados que governavam o concelho. E não consta qualquer desfecho correctivo para este crime, que terá ficado sem castigo.

 

 É de 1359 uma outra lenda, aliás retrato de extraordinária barbaridade, que envolve D. Pedro I. Pois durante as obras ao Castelo de Alter do Chão, que terminaram a 22 de Setembro do mesmo ano, vivia nesta vila o rei. Ainda hoje se apontam as casas que, segundo a voz popular, foram sua circunstancial moradia., Ora, um dia, escutando o rei duas mulheres a discutir, uma chamou à outra «roussada», que hoje significa violada, forçada.

O rei mandou chamá-las e perguntou-lhes o que significava aquele insulto. Ficou então a saber que a mulher assim chamada fora violada por um homem que logo casara com ela. Haviam passado uns sete anos e tinham dois filhos, vivendo felizes. Então aquele a quem coube o cognome de “justiceiro”, apesar dos rogos  em contrário da mulher e de o assunto estar completamente resolvido, mandou prender o homem, condenando-o de imediato à forca.

Contos e Lendas

21
Nov22

São João da Pesqueira

A Pedra de Vileia 

Em Vileia que fica na freguesia de Vilarouco, São João da Pesqueira, havia uma pedra mito especial. Os lavradores utilizavam-na para gradear a terra depois de lavrada. 

À noite , punham-na em cima da grade e de manhã aparecia a terra pronta!

Segundo a lenda, era tal o mistério que envolvia a referida pedra, que ninguém conseguia decifrar-lhe o segreso. Mas um dia dois lavradores acabaram simultâneamente de lavrar e queriam deixar a pedra misteriosa sobre a sua grade.

Teimosos, discutiram, zangaram-se e, num gesto disparatado atiraram com a pedra ao fundo rio Torto! E, a pedra, foi, de facto, ao fundo, mas logo veio a boiar, e sobre ela uma sereia cantando:

Adeus, adeus á Vileia; 

Que nem Vilarouco,

Nem Valongo

Se hão-de gozar dela!

E comentava alguém que "por coincidência ou não, muitas daquelas terras que estão no limite de Vilarouco não são ainda hoje de gentes desta povoação"!

 Voltando a Vilarouco, a Cismeira onde há uma fraga junto à nascente de ágas férreas. Ora, essa fraga tinha uma porta misteriosa que só se abria à meia-noite, depois de pronunciadas palavras mágias do "Livro de São Cipriano"! Dentro diziam havia tesouros espantosos. E uns homens da aldeia foram lá para os trazer. Com o livro e uma lanterna, mas ao lerem  as palavras mágicas enganaram-se e as fragas começaram a rebentar e eles fugiram e nunca mais ninguém lá foi.

 

 

Contos e Lendas

21
Nov22

Sátão

O Sino dos Santos idos

Sátão sempre teve muito orgulho no sino da sua igreja, que toca como nenhum outro. Ora isso, se não o sabe toda a gente deste tempo, naqueles velhos tempos até os Mouros, que ocupavam a maior parte da Península o sabiam. Por isso foram a Sátão, agarraram nele e levaram-no lá para o Castelo de Alá, que nem era muito distante da vila. Só que o sino deixou de tocar. E os Mouros arrumaram-no e pronto.

Os de Sátão também não o substituíram com a saudade daquele trabalhar tão ao gosto de todos! E três ou quatro gerações passaram até que os Mouros foram corridos das bandas de Viseu, Sátão incluído. Porém, a memória era tão viva que os de Sátão se puseram a caminho, entraram no castelo, localizaram o sino e de volta para a terra colocaram-no na torre e o sino tocou. Tocou tão bem que o prelado da diocese, aconselhado pelos seus cónegos, ordenou que o sino passasse para a sé de Viseu.

Contrafeitos os de Sátão lá ficaram outra vez sem o sino. E no adro da catedral visiense havia uma grande multidão à espera do sino. Ele apareceu. Ergueram-no, instalaram-no e quando o sineiro começou a accionar os mecanismos para que ele tocasse, quando o badalo dava no sino não havia som coisa nenhuma! Furiosos os de Viseu mandaram apear o sino e, de mofa chamaram os de Sátão para que levassem o sino para a terra deles. Foi o que os de Sátão quiseram ouvir. Armaram cortejo e lá foram com o sino. Passaram por Mundão e por Cavernães e o sino sem dar nada de si, mas quando as alturas de Barraca, foi o próprio sino que bimbalhou sem que ninguém fizesse nada! E houve música espontânea até que o instalaram no seu lugar de origem na igreja. Então é que ele tocou. Tocou – e que bem!

 

 

  

 

Ah! Mas o que não devem saber é a lenda de Nosso Senhor da Agonia de Avelal. Pois nem é grade. Certo dia, um cavaleiro, a fugir de um bando de ladrões, caiu com a sua montada, por umas penedias. Quando ia no ar exclamou:

- Valha-me o Senhor da Agonia!

E não houve agonia nenhuma porque o cavalo estacou na sua marcha perdida e as marcas das ferraduras ainda hoje se vêm marcadas numa pedra. E o Senhor da Agonia aparecem em imagem debaixo de um penedo. Sabendo disto o bispo  de Viseu, mandou buscar o Senhor da Agonia para a Sé de Viseu. Porém, na manhã do dia seguinte a imagem apareceu na gruta no Avelal. Várias vezes assim aconteceu. Por isso, o bispado organizar uma procissão para transferir o Senhor da Agonia, mas deixou outra imagem do Senhor Crucificado. Também era de bo toque o sino de São Miguel de Nossa Senhora da Esperança. Diz a lenda a beleza da sua sonoridade se devia ao cónego luís Galvão ir lançando dobrões de ouro para o cobre em fundição no adro da igreja.

 

Contos e Lendas

10
Nov22

Lenda do Frei Comilão - Baião

Entre comer e rezar, aquele frade do mosteiro de Ansede, inclinava-se p’ela primeira das práticas.

Reina por então o rei D. João III, e se para o coro aquele religioso era o último a comparecer, já para o refeitório era sempre o primeiro! E quando lhe ralhavam respondia:

- Muito comer, pouco rezar e nunca pecar, levam a alma a bom lugar.

Porém, certo dia, os frades de Ansede, decidiram ir comer uma boa merenda a Oliveira mas evitaram dizê-lo a frei Comilão. Porém o nosso frade tinha um sexto sentido e por isso foi uma vez mais, o primeiro a pôr-se a caminho.

Bem, Frei Comilão, lá chegou junto do rio, mas não viu barca que o levasse  para a outra margem pelo que estendeu a sua capa sobre a água e navegou sendo o primeiro a chegara Oliveira. Imaginem o espanto dos outros frades ao porem na relva a toalha das iguarias dando de caras com Frei Comilão, que sorria como quem dizia; - Muito comer, pouco rezar e nunca pecar, levam a alma a bom lugar…

Contos e Lendas

05
Nov22

A magia da comunicação

 

“Havia um cego que pedia esmola à entrada do Viaduto do Chá, em São Paulo. Todos os dias passava por ele, de manhã e à noite, um publicitário que deixava sempre alguns centavos no chapéu do pedinte. O cego trazia pendurado no pescoço um cartaz com a frase:

”Cego de nascimento. Uma esmola, por favor”.

Certa manhã, o publicitário teve uma ideia: virou o letreiro do cego ao contrário e escreveu outra frase. À noite, depois de um dia de trabalho, perguntou ao cego como é que tinha sido seu dia. O cego respondeu, muito contente:

– Até parece mentira, mas hoje foi um dia extraordinário! Todos que passavam por mim, deixavam alguma coisa. Afinal, o que é que o senhor escreveu no letreiro?

O publicitário havia escrito uma frase breve, mas com sentido e carga emotiva suficientes para convencer os que passavam a deixarem algo para o cego. A frase era:

“Em breve chegará a primavera e eu não poderei vê-la”.

Na maioria das vezes não importa O QUE você diz, mas COMO você d

Contos e Lendas

05
Nov22

A História dos ovos cozidos

 Certo dia a caminho do campo, encontrou um pobre camponês um pequeno saco contendo no seu interior um pedaço de pão e alguns ovos cozidos.

Como se tratava de época de muita fome pois era foi após a guerra, o camponês levou o saco e no campo decidiu comer o referido farnel.

Mas eis que alguém presenciou a o facto e depressa se soube quem tinha encontrado o referido saco e dono logo que soube resolveu denuncia-lo às autoridades competentes, vindo este caso a chegar ao tribunal.

O pobre camponês foi informado do facto e da importância monetária que o lesado pedia pelo referido farnel pois que se tratava de ovos e que estes geravam pintos e pintos geravam galinhas que posteriormente ponham ovos e estes ovos geravam pintos e galinhas e por aí fora que nunca mais acabava, o que levava a uma importante verba que o pobre camponês nunca poderia pagar.

Assim começou o tormento para este pobre camponês que sem poder dormir pensando no que lhe acontecera ia vivendo em constante sobressalto como se iria ver livre desta confusão.

Certo dia regressando de uma feira e depois de ter contemplado com alguns centavos os pobres lhe apareciam pelo caminho deparando-se-lhe mais um, o pobre camponês puxou da carteira e esmolou este com a seguinte frase: - Toma lá também tu dez centavos pobre diabo.

O tempo ia passando e um dia o pobre camponês foi abordado por um indivíduo muito bem posto que lhe fez a seguinte pergunta:

Que se passa contigo que andas com um ar de muito preocupado?

O camponês no seu acto de humildade, contou ao desconhecido toda a história da sua vida e o que o preocupava, pois não sabia como sair desta situação, pois não tinha sequer dinheiro para poder contratar um simples advogado.

O Indivíduo prometeu ali logo ao camponês que nesta situação ele o iria defender em tribunal sem lhe cobrar pagamento algum, e, informado da data de apresentação no tribunal, ele prometeu ao camponês que lá estaria para o defender, porém se chegasse atrasado, que pedisse ao doutor juiz que fizesse o favor de esperar um pouco pois o seu advogado vinha de longe.

 

Chegado o dia da audiência, lá estava toda a gente para assistir a tão insólito caso pois era um caso nunca visto.

Sentados, o réu, o queixoso e seu advogado e toda a população, faltando apenas o advogado do réu, o juiz impaciente ia perguntando pelo advogado do réu ao que este só respondia:

Sr. Doutor Juiz peço-lhe um pouco mais de paciência pois o meu advogado vem de longe e por isso deve estar a chegar.

 - Mas afinal quem é o seu advogado? Vai perguntando o juiz.

- Não sei, só sei que ele me prometeu de vir e eu confio nele.

Alguns momentos depois, eis que entra pelo tribunal dentro um indivíduo calçando umas socas e fazendo um barulho infernal, deixando todos estupefactos, virou-se para o doutor juiz e exclamou:

Senhor Doutor Juiz, peço desculpa por me atrasar, pois prometi de vir hoje e vim ontem, pois tive que dar ordens aos meus empregados para cozerem 60 móis de favas para semear (um mói correspondia a 60 alqueires).

O Juiz ficou perplexo ao ouvir tal afirmação e virando-se para o suposto advogado, perguntou:

Então, mas as favas cosidas também nascem?

Ao que o outro respondeu:

Na terra onde dos ovos cozidos nascem pintos, também as favas cozidas têm que nascer.

O juiz pensando nesta afirmação, respondeu: pois a verdade é que nada disso pode acontecer e mandando todos para casa encerrou a audiência.

Seguidamente o pobre aldeão procurou pela sala o seu suposto advogado, vindo a encontrá-lo já a rua e dirigiu-se-lhe para poder agradecer tão heróico facto ao que ele lhe lembrou:

Lembras-te de dar uma esmola há algum tempo quando regressavas da feira, e, que disseste ao pobre a seguinte frase: Toma lá dez centavos também tu diabo.

Pois esta esmola que deste foi a mim que a entregaste pois pronuncias-te o meu nome.

Moral da história:

Fazer bem nem que seja ao diabo, um dia a recompensa virá.