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Contos e Lendas

19
Mai22

Lenda da Capela das Cruzes – Barcelos

 

Barcelos é também uma cidade polarizadora das atenções de milhares de pessoas por altura da Festa das Cruzes.

Pois há uma lenda relacionada com a magnífica Igreja das Cruzes. Não exactamente com ela, que foi construída entre 1705 e 1729, mas com a anterior, do inicio do século XVI.

Pois a lenda conta-nos como um tal D. Pedro Marins, um fidalgo conquistador, tentou requestar a filha do sapateiro João Pires. E o homem foi tão insolente, que o sapateiro pregou um par de bofetadas que lhe ficaram marcadas na cara que lhe ficaram marcadas por muito tempo.

Pois deu-se o caso de a rapariga um dia ter ido à paria de Esposende recolher despojos de um naufrágio e trazer para casa o pedaço de uma cruz, que lançado pelo pai ao fogo, maravilhou as gentes ao ser projectada numa das ruas de Barcelos.

O fidalgote quis levantar o ovo contra o sapateiro, mas acabou por se render à realidade Divina.

Era então vê-lo ajoelhado pedindo perdão pela injustiça e comportamento que cometera e exortou os Barcelenses a erguerem a antiga Capela das Cruzes da qual a actual Igreja é sucessora.

Contos e Lendas

11
Mai22

Nossa Senhora das Neves

                                     

Na nova igreja matriz da antiga Praça Forte de Almeida há uma interessante imagem de Nossa Senhora das Neves. Quem não quiser pensar demasiado no assunto logo julgará que estas neves se referem a um qualquer episódio ocorrido num dos raros nevões sobre aquele espaço geográfico. E quanto se engana quem por aí andar com suposições! Pois as raízes da lenda remontam a 26 de Agosto de 1810, quando os franceses arrasaram a vila num cerrado fogo de bombas e canhoneio. E as explosões destruíram não só o castelo, abrindo incomensuráveis brechas na muralha, como derrubaram a sede da igreja almeidense.

Telmo Cunha, no seu romance “As portas da Cruz”, narra as infelizes circunstâncias do desastre militar e, no livro de narrativas Almeida, Estrela de Memórias, conta-nos a lenda de Nossa Senhora das Neves, trazendo-a  à publicidade após tantos anos apenas nos cavacos das lareiras. Pois Telmo Cunha conta que, logo depois da destruição da igreja e do castelo, os almeidenses quedaram-se como que órfãos desses dois decisivos sinais da sua identidade.

Deambulando entre os escombros, sentiam abatido o orgulho que sempre haviam patenteado. As ruínas levavam-nos a quere proceder ao despertar da vila traumatizada pela tragédia. Para eles avultava a ideia de remover os escombros e dar uma nova ordem à vila em cinzas.

«As ruínas magoavam intensamente os olhos e as almas dos que por perto passavam», contava Telmo Cunha.

Equipas de voluntários prestavam-se a recompor a vila. E uns tempos mais tarde ergueu-se todo o povo  que queria salvar a memória da sua terra. Limpar era a palavra de ordem. E para abrir espaço entre as escombreiras, atearam uma  boa fogueira com os materiais revolvidos tidos como  definitivamente inúteis, e a fogueira crescia, crescia…

E, de repente aconteceu. Aconteceu o quê? Pois um fenómeno testemunhado pelas largas dezenas de voluntários para a limpeza da vila. Ou isso consta assim na lenda. Pois não é que, e tomo a palavra de Telmo Cunha, «todos olharam, estupefactos, o céu plúmbeo e escuro, o sol primaveril havia desaparecido como por encanto, dando lugar a um frio cortante e inesperado que se entranhou fortemente nos corpos desabrigados. Atónitos e perdidos, todo viram cair uma neve alva e gélida que fez baixar imediatamente as impetuosas chamas do intenso braseiro, acabando por o apagar todo».

Acrescenta o escritor de Almeida: «Petrificados e sem fala, os Almeidenses notaram como sobressaia no meio do amontoado de destroços queimados e fumegantes uma imagem de Nossa Senhora pertencente à antiga igreja matriz.

A aparição provocou profundo silêncio, mas logo avançaram alguns a recolher a imagem chamuscada».

Demorou a regressar à matriz reconstruída de Almeida, pois houve que reconstruí-la, mas ainda hoje lá a podemos ver como ilustração desta mesma lenda.

Contos e Lendas

11
Mai22

A Lenda da Fraga do Sapatinho  - São João da Pesqueira

 

Na freguesia de Riodades, conta-se a lenda da Fraga do Sapatinho, que se refere a

São Gens, que viveu pelo século XII.

Este Santo é o padroeiro dos agricultores, e a sua imagem esá na capela de São Salvador

De Riodades.

Pois andava um dia São Gens a lavrar com uma junta de bois, quando lhe apareceu

um lobo. Com toda a desfaçatez, mesmo à vista de quem lavrava, o lobo comeu um

dos bois. Logo o Santo deitou a mão ao lobo e obrigou-o a emparelhar à canga

com o boi que lhe restava, continuando a lavrar!

São Gens é representado vestido de lavrador e com um boi e um lobo à charrua.

Porém, o São Gens de Riodades, tem uma mão a cobrir-lhe a cara por vergonha de ter batido na mãe! O povo da freguesia , cheio de boa vontade, fez-lhe uma capelinha no alto de um monte.

Porém, o Santo não gostou de lá ficar tão isolado, nem da própria capela. E um dia deu um salto para cima de uma fraga, onde deixou as marcas do calçado que levava pelo que passou a ser aquela a Fraga do Sapatinho. Diz-se também, que há marcas dos joelhos, dos cotovelos e da chifradura

do Diabo, numa enorme fraga do cume do monte do Ermo. Diz-se que certo dia o Diabo estava lá deitado ao sol quando por qualquer razão, teve de fugir. Tropeçou, caindo da tal fraga, onde ficou tudo gravado.

Contos e Lendas

06
Mai22

A Moura e o Castelo

 Sabe-se lá quando e por quem Alcoutim foi fundada! Mas sabemos que D. Manuel I lhe atribuiu foral, assim como temos conhecimento de que num dos mais pontos do concelho à ilharga do Guadiana, há vestígios de um castelo tão antigo que até se diz que foram os Mouros que o construíram.

Mas, segundo os entendidos, até poderá ser mais do passado.

Há, e é de supor que não lhes será desconhecido, que nesse local está encantada uma Moura.

É por isso que pela noite, mesmo com a ideia de que ela dispõe de um imenso tesouro,  não há quem se meta a galgar os 2 quilómetros entre Alcoutim e o que resta do seu castelo só para a desencantar!

E desencantar a Moura seira obra. Porquê? Ora quem o quiser fazer terá de lutar com um monstro, vencendo-o.

E onde é que estão os valentes?

Para maior precisão esclarecemos que bem próximo das ruinas do castelo há duas velhíssimas azinheiras.

Pois a Moura encantada, segundo a lenda, anda por ali pairando. E o candidato a desencantador terá de se apresentar a um 17 de Março, precisamente à meia noite, apenas armado de armas brancas – punhal, espada, assim. Então aparecer-lhe-á um monstro enroscado, um dragão ou uma serpente, mas de grandes dimensões e a soprar furiosamente. Ora, isto tem contribuído para dissuadir o desencantamento. E a pobre Moura lá vai sofrendo a cobardia das gentes, que nem sequer se lembram do tesouro que constitui a recompensa!

 Pois temos mais material lendário sobre o castelo.

Conquistado este aos Mouros em 1240, o rei Sancho II ordenou a alguns cavaleiros que o ocupassem. Entre estes encontrava-se Rui Gomes, que, tomando a chefia, ordenou que fossem poupadas as vidas dos  Mouros achados ali dentro. Percorreu então todas as instalações, indo dar a uma sala onde se encontrava o ex-alcaide e a sua belíssima sobrinha.

Cumprimentaram-se.  O Mouro disse que a jovem era noiva do seu filho Hassan, que abandonara o castelo para não conhecer o peso da derrota. Bem, a lenda conta que Rui e Zuleima, assim ela se chamava, se apaixonaram ao primeiro olhar e viveram felizes uns meses. Isto até que, um dia, devido a um pressentimento de que poderia haver um mensageiro do rei para si no castelo. Rui Gomes deixou a Zuleima e cavalgou até lá. Ao chegar foi apunhalado por um mouro embuçado que não era senão Hassan a vingar-se. Mas caindo Rui Gomes aos pés do antigo noivo, assim caiu desmaiada Zuleima em sua casa. O mouro puxou-a para o seu cavalo e partiu a galope.

Porém o assassino foi visto por quatro soldados, que o perseguiram e, junto daquelas duas azinheiras referidas a pouca distância da fortaleza, lançaram-lhe as suas lanças e ali o mataram.

E é por isso que o espírito da Moura anda ali pelas azinheiras. E que há quem ouça um soluçar convulsivo, como se ela chorasse o seu amado Rui,