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Contos e Lendas

25
Mar22

O Monstro de Aljubarrota

 

No dia 14 de Agosto de 1385 estavam os exércitos português e castelhano frente a frente, naquela que seria conhecida para sempre como a batalha de Aljubarrota. Eram cerca de 22 000 castelhanos contra 7 000 portugueses, mas, apesar da desproporção de forças, os espanhóis hesitavam em atacar, impressionados pela serenidade mística dos portugueses. Assim ficaram durante horas, mas por fim os castelhanos avançaram e a luta foi renhida, não conseguindo o invasor atingir a estratégica defesa portuguesa. Desesperados e tendo conhecimento da existência de uma grande fera nas imediações do terreno, os castelhanos decidiram procurar a besta infernal para que esta os auxiliasse. Neste grupo de busca encontrava-se um reputado bruxo castelhano que capturaria o monstro através das suas artes mágicas. Após ter sido hipnotizado pelo bruxo, o monstro concordou em ajudar os castelhanos. Colocado em frente do exército português, livrou-o o bruxo da sua influência para que pudesse recuperar o seu carácter violento e devorar os portugueses. O monstro temível avançou e começou a desfazer os soldados que estavam à sua frente, assustando até D. João I que se lembrou de invocar a ajuda do seu patrono S. Jorge e da Virgem Maria, com toda a fé que tinha. Segundo a lenda, S. Jorge desceu dos céus montado no seu cavalo e rodeado por uma bola de fogo, lançando-se com a sua lança sobre a terrível fera. Depois de vencer o monstro, S. Jorge virou-se contra o exército inimigo desbaratando as sua fileiras e ajudando os portugueses a alcançar a vitória. D. João I mandou edificar uma ermida onde foi colocada a imagem de S. Jorge montado no seu cavalo, matando o monstro com a sua lança.

 

Contos e Lendas

18
Mar22

A Lenda dos Santos do Vimieiro - Arraiolos

 

A pouco mais de uma légua de Arraiolos fica a freguesia de Vimieiro, onde se conta a lenda dos Santos. E esta diz que são José tinha quatro filhos – Santo António, São Pedro, São João e São Gens. Porém, acontecia que os manos andavam sempre à briga entre si. E, tão mal se portavam que o pai colocou cada qual em seu cabeço de modo que eles entre si se pudessem ver, assim como ele os pudesse ver também. E a verdade é que os maninhos nunca mais andaram à briga. E, a vila do Vimieiro ficou entre os quatro cabeços e protegida pelos Santos!

Não se feche a crónica sem lembrarmos entre as lendas do Vimieiro se destaca uma sobre a igreja de São Pedro. Conta o povo que lá perto havia uma galinha que tinha vinte pintainhos e cantava continuamente no alto de uma oliveira. Ora a galinha cantava para afastar as pessoas que por lá passavam! Também diz uma outra lenda que quem conseguir enfiar um dedo na fechadura desta igreja, mas mantendo os olhos fechados, casará em breve. Porém não se vão para outras páginas sem ficarem a saber que perto da igreja de Santo António há um cruzeiro com quatro degraus dispostos em quadrado. E a cerca de uma centena de metros deste monumento existe um poço. Pois a quem for capaz de lá ir à meia noite e saltar a boca de costas, abre-se a cruz e aparecerá um grande tesouro.

Tentando, mas não sendo capaz, do mesmo sítio sairá um touro encantado que matará o experimentador. Porém, este tem a possibilidade de correr uns trezentos metros até ao poço do Gil, onde procurará também saltar de costas, salvando a oportunidade, mas este segundo poço é mais largo e fundo que o primeiro.

 

 

 

Contos e Lendas

18
Mar22

 

Os Mouros e a serpente – Coja

 

Ah! E os mouros?

A norte do Coja, o rio Alva passado, ficava a rica Quinta da Telhadela.

Antigamente, conta a lenda, junto ao cruzeiro, era uma povoação feliz e rica.

Corre que então os homens com muitos bordados a ouro! Mas os Mouros, como reza a história

Foram corridos da Península  e, os que dali se foram deixaram enterradas  arcas  cheias de ouro.

Então, debaixo de um enorme penedo estava um imenso tesouro, com o senão de estar guardado

Por uma enorme serpente. “Quem esta pedra virar, grande fortuna há-de encontrar”,

estava gravado na pedra.

Mas mito grande era o medo e por isso ninguém ousava acercar-se do referido penedo.

Num dia de inverno em que o sol despontou no horizonte, a serpente saiu debaixo do penedo

E foi apanhar sol para outro lado. Então as pessoas sabendo do ocorrido e vendo a serpente longe,

Viraram a pedra e levaram o tesouro. Diz-se ainda hoje que algumas riquezas do Coja

vieram do ouro mouro roubado à serpente.

 

 

 

 

 

Contos e Lendas

15
Mar22

O Calvário da Beguina

 No caminho de Beguina para Vale de Narizes, no concelho de Aljustrel, há uma cruz erguida sobre uma pedra.

Como tantos outros calvários, este assinala que alguém ali morreu.

Geralmente são mortes violentas, as mais delas ocasionadas por um raio ou por um assassino.

A lenda diz-nos que não foi uma coisa nem outra, apenas nos fazendo recuar até 1934. Pois por ali costumava trazer as suas vacas a pastar, um homem que se chamava Sebastião Albino, ora na sua manada ele tinha um touro que lhe obedecia como fosse o mais esperto dos cachorros. E a amizade entre ambos era ao ponto do pastor partilhar com ele a merenda que trazia de casa. E todos os dias era aquilo.

Porém por qualquer razão, Sebastião Albino, houve uma vez que não levou merenda, pelo que nada tinha para partilhar com o touro.

Ora este enfureceu-se e arremeteu contra ele desfazendo-o e comendo-o! Apenas ficaram os pés dentro das botas…

Mas há outra lenda com um touro em Messejana, a duas léguas da sede do concelho. Pois dois namorados desta freguesia casaram-se e foram viver para a Honra do Cabo. E eram muito felizes. Mas uma manhã estava a Rosa a lavar a roupa no tanque da quinta e ouviu alguém chamar por ela. Voltou-se e viu uma bela rapariga, com o senão de ser serpente da cintura para baixo. Naturalmente, esta parte estava enrolada numa árvore. A aparecida apresentou-se dizendo que era filho do alcaide que construíra o castelo, cujos restos ali se viam, moiro esse senhor de todas aquelas terras. Ambos estavam encantados e precisavam da ajuda dela para lhes acabar o tormento. E a moura serpente explicou à Rosa que o desencantamento consistia  em ela sem medo, limpar a baba a um enorme touro que dela se aproximaria, touro este que, afinal, era o alcaide encantado.

Tendo medo Rosa, o encanto continuaria, nem sei se dobrado.

Nessa noite, Rosa contou tudo ao marido, que não de opôs, mas ficou muito triste. E no dia seguinte, junto do tanque, lá apareceu à Rosa um touro negro, bufando, furioso, babando-se. Ela, coitada, não conseguiu vencer o medo e caiu desmaiada. Nunca mais recobrou o juízo e os dois mouros, pai e filha, ficaram encantados para sempre!

E falta contar-lhes a lenda que diz respeito à existência na planta da Ermida de Nossa Senhora do Castelo de uma rocha pertencente ao conjunto de afloramentos existentes no morro da fortaleza. É uma Ermida do século XIII de três corpos e amplo nártex. Na sacristia há uma fonte para lavagens, hoje desativada. Ora, diz o povo que «em tempos muito recuados» apareceu Nossa Senhora sobre essa rocha. Pensou-se então em fazer um templo comemorativo, mas não passou pela cabeça de ninguém integrar a rocha. Porém cada vez que se começava a fazer a igreja deixando a rocha de fora, o erguido de  dia caía de noite! Assim, só quando a Ermida foi construída tendo a pedra como alicerce, é que o edifício se manteve de pé. Diz-se que, se encostarmos o ouvido à pedra, se escuta o marulhar. E se alguém a arrancasse, as águas alagariam Aljustrel.

 

 

Contos e Lendas

12
Mar22

O Gigante - Arruda dos Vinhos

 

Era uma vez um gigante muito grande, tão grande como devorador. Foi há muitos anos que ele calcoreou as matas e os montes de Arruda dos Vinhos! O gigante devorava toda a comida da região, sobretudo carne, carne de animais, roubando-os aos seus donos. Às vezes até comia as pessoas. Bois, vacas, cavalos, porcos, galinhas, tudo, todos. E o gigante também muito rico e andava sempre com o baú do seu tesouro debaixo do braço. Conta o povo que palitava os dentes com a rabiça dos arados! Porém as pessoas, desesperadas, juntaram-se e decidiram matar o gigante. E, pensaram-no também que o conseguiram!

Há, no entanto, uma variante desta lenda que diz que 0 gigante morreu pela acção de um raio quando se preparava para engolir uma velhinha. De qualquer modo morreu. Depois apareceu à +população outro problema o que fazer com aquele cadáver tão grande?

Pois lá se resolveram a fazer um buraco enorme, e, cada pessoa ficou encarregada de levar um balde de terra e deitar-lho em cima. E assim apareceu em Arruda dos Vinhos o monte que ainda hoje é conhecido como a Cova do Gigante! Naturalmente tamanho corpo enterrado a pouca profundidade acabou por provocar uma epidemia de peste em que morreu muita gente. Depois de enterrado, alguém se lembrou de que nem depois de morto o gigante largou o baú do tesouro, mas a verdade e que ninguém ainda se resolveu ir vavar aquele formidável túmulo, não vá a peste voltar a espalhar-se.

Contos e Lendas

08
Mar22

Lenda da Rainha Santa Mafalda

 Em 1217 , deu entrada no Mosteiro de Arouca, a Rainha d. Mafalda, filha de D. Sancho I de Portugal.

Que acabava de separar-se do rei Henrique I de Castela, uma vez anulado o casamento que os deveria unir.

Na verdade, a filha do segundo monarca português tinha uma educação religiosa muito profunda, o que a conduzia

ao gosto pela vida contemplativa e penitente. Só as suas obrigações de princesa a levaram a um casamento que não

que não se terá consumado.

Porém, não só a anulação do consórcio, como a morte do noivo fizeram que ela regressasse a Portugal.

Em 1224, por determinação da rainha, graças a uma bula do Papa Honório III expedida de Latrão, a instituição

Arouquense passava para a Ordem de Cister, facultando-lhe ela aumento de instalações e largos rendimentos que

Permitiram  a independência daquela comunidade de bernardas. Recorde-se que este mosteiro havia sido fundado

no ano 716 por Luderico e Vandilo, filhos de um fidalgo de Moldes. Nessa altura era da Ordem de São Bento.

Mas o que agora nos importa é o tempo em que D. Mafalda á com aura de santidade, procedeu à reforma do mosteiro.

Nunca ela foi abadessa embora pertencesse à sua família a pimeira fidalga que ocupou tal cargo.

Ora, tanto quanto reza a tradição arouquense, Santa Mafalda terá falecido em Rio Tinto, estando o dia

históricamente registado como o 1º de Maio de 1256.

E tanto quanto lendariamente se sabe, ela terá deixado uma disposição pela qual o ataúde que levasse o seu corpo

seria colocado em cima de uma burrinha e esta posta a andar. Quando a burrinha parasse, pois aí lhe seria dada

a sua derradeira morada.

Conforme o estabelecido, o caixão da Santa Mafalda foi a carga de uma burrinha que logo encetou a marcha.

Passou por Alpendurada, por Castelo de Paiva e pelo luar de Santo António, na freguesia de Santa Eulália,

já no concelho de Arouca. Ao longo desse itinerário foram mais tarde colocados marcos comemorativos.

E a burrinha apenas parou junto da porta principal do Mosteiro de Arouca, aí aguardando que lhe retirassem

a carga.

E quando isso aconteceu, o animal caiu para o lado, morto de cansaço. Então as freiras inumaram o corpo

da que se tornara padroeira de Arouca no chão da igreja e enterraram o cadáver da burrinha no átrio sobranceiro

à entrada  principal do mosteiro.

No entanto, o testamento da finada dispunha que as suas exéquias fossem como as das rainhas de Espanha,

Com coroa e ceptro reais. Mas isso era tão caro, que não foi cumprido. Bem, e, em 1617, perante o

Bispo de Lamego, foi aberto o túmulo, estando o cadáver incorrupto.

Diz uma lenda que quando Santa Mafalda foi para Arouca, a acompanhou um ruidoso bando de pegas.

Irritada pela maneira como elas assinalavam a sua passagem, a rainha excomungou-as e proibiu-as de aparecem no vale de Arouca.

 

Contos e Conts Lendas

07
Mar22

Os Lobisomens – Arruda dos Vinhos

 

Em Arruda dos Vinhos, conta a lenda que havia lobisomens que saiam à noite de casa sob a forma de burros, perús e outros animais. Certa noite, uma mulher que desconfiava que o marido era lobisomem tentou curá-lo. E, o mal cura-se voltando do lado direito a roupa que o lobisomem despe e deixa-a do avesso para ir correr o fado. Ele, feito um burro, já saíra de casa quando pressentiu que a mulher lhe virara a roupa. Quis voltar a trás para atacar, no entanto a mulher fechara a porta. Mas como tivera tempo de pôr a roupa pelo direito, ela curou o marido, que de burro logo voltou a ser homem, mas todo nú.

 

 E em burro também se transformava o último lobisomem de Arruda dos Vinhos.

Todas as noites de lua cheia ele galopava, percorrendo sete vilas castelhanas. Pois uma noite, certo sujeito que tinha a mulher doente, saiu para chamar o médico. Ia com pressa e aproveitou um burro que andava por ali. Para o prender, atou-lhe o cinto das suas calças ao pescoço e lá foi tratar do que tinha a tratar. No fim, fugiu-lhe o burro. Já na manhã seguinte, contou a história do burro a um seu vizinho e, este, sem comentários devolveu-lhe o cinto, denunciando-se. Na lua cheia seguinte, quando o lobisomem despia a roupa para se transformar em burro o amigo apareceu de repente. Deitou a mão à roupa do vizinho e virou-a para o lado direito slvando-o. Assim curou o vizinho e desde então nunca mais houve noticias de lobisomens em Arruda dos Vinhos.