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Contos e Contos Lendas

25
Fev22

Quanto a comida quer o sal

 Cada filha era uma formosura, e  o rei quis saber quanto elas gostavam dele.

Juntou-as e fez-lhe a pergunta:

A mais velha, sabendo que o pai gostava de palavras bonitas respondeu:

- Amo tanto o meu pai como a luz cintilante das estrelas!

O rei ficou contente e voltou-se para a filha do meio, que lhe disse:

- Meu pai, amo-o tanto como ao raio da lua cheia que se reflete nas águas do mar!

Muito agradado pela maneira como a filha lhe falara, aguardou pela resposta da filha mais nova:

- Quero tanto ao meu pai quanto a comida quer o sal…

Já o rei não gostou nada desta resposta e, colérico, ordenou:

- Filha ingrata sai do palácio!

Muito triste, a princesa foi-se embora, levando consigo apenas o anel que comprovava a sua qualidade.

 Atravessou todo o reino, percorreu outro e outro, até que chegou a um reino longínquo.

Ali ouviu um Arauto proclamar que estavam a querer contratar uma ajudante de cozinha para o palácio real. A princesa conseguiu que lhe dessem esse lugar.

Ali, humildemente, fez o que nunca fizera na vida, lavando panelas, descascando batatas, aprendendo a cozinhar.

Ora, quando o jovem rei desse reino fez anos, a princesa fez um bolo e meteu dentro o seu anel.

Ele ao partir o bolo, encontrou-o e, logo viu que pertencia a pessoa real.

Chamou logo o mordomo principal do palácio e ordenou-lhe que descobrisse a quem pertencia aquele anel.

Depois de algumas investigações, levaram-lhe a ajudante de cozinha.

O rei ficou admirado com a beleza da menina e perguntou-lhe quem era.

Ela contou ao rei como tinha ido ali parar. Mas tanto como a história o impressionou, o monarca apaixonou-se pela linda menina e pediu-a em casamento, ao que ela aceitou.

Anunciado o noivado, fizeram-se os convites

Seria um grande banquete na véspera do casamento e que toda comida fosse bem temperada, excepto para um lugar onde seria servida sem sal.,

destinando-se este lugar ao rei pai da princesa.

Quando chegou a altura do repasto, todos comiam satisfeitos, excepto o pai da jovem, que fazia caretas a cada garfada. Por fim deixou de comer.

Como lhe perguntassem se não gostava das iguarias, respondeu relutante:

- A  minha comida não tem pitada de sal…

Então o rei que ia casar com a filha dele, observou:

- Mas não foi Vossa Majestade que repudiou uma filha por ela lhe ter dito

que lhe queria tanto quanto a comida quer o sal?

O  rei caiu em si e compreendeu que tinha sido extremamente injusto com a filha que, afinal de contas tanto o amava!

Apareceu entretanto a princesa e, pai e filha abraçaram-se. Então, ela porque gostava muito do pai, logo ali lhe perdoou. Fez-se então o casamento e os dois reinos ficaram amigos…

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Contos e Contos Lendas

24
Fev22

 

Contos e Lendas

O Diabo do Alfusqueiro

 

Nem sempre o Demo leva a melhor com o homem, sobretudo se ele tiver a ajudazinha

de uma fada. Pois esta é a lenda daquela velha ponte de cantaria sobre o Alfusqueiro,

afluente do rio Águeda, no Caramulo.

Poderíamos até dizer que é de um tempo em que o Diabo ainda precisava de andar pele terra

a negociar almas.

Assim se aquela passagem era imprescindível para os que atravessavam a serrania, meteu-se um cristão a fazê-la, mas na hora da arrancada deu-se conta da temeridade que a obra envolvia.

Eis então que surge o diabo em pessoa a dizer-lhe que ele mesmo se encarregaria de fazer a ponte, ele e os seus demónios. Porém, havia a questão do pagamento. Pois este consistiria na alma do cristão. A obra ficaria pronta à meia noite do dia de Natal desse ano, ao cantar do galo.

Contrato escrito, foi este assinado com o próprio sangue do homem.

Mas o cristão, conforme via o andamento da obra, aliás de magnifica arquitectura, começava

a ficar pesaroso do negócio que fizera.

E a quem aparece o diabo, porque não há-de aparecer uma fada boa?

Foi o que decerto aconteceu. Uma fada esperta, ensinou ao homem a maneira de se livrar do

compromisso, não deixando de ficar com a ponte feita!

Neste sentido a fada deu ao cristão um ovo e disse-lhe:

A obra ficará pronta à meia noite em ponto. Fica atento aos últimos trabalhos, e, logo que vejas o diabo colocar a última pedra, atira o ovo pela ponte fora e vais ver que tudo corre bem.

Conta a lenda que, quando o diabo e os seus demónios estavam a colocar a pedra de remate

o cristão atirou o ovo ao longo do tabuleiro da ponte e este rolou até que bateu numa pedra

e se quebrou. De dentro dele saiu um belo galo, de excelente plumagem, que começou logo a cantar, antecipando-se assim à meia noite. E assim por segundos, o diabo do Alfusqueiro perdeu a aposta..

E sabem que mais? – A ponte lá está, podem ir experimentá-la num passeio por aquelas bandas aguedenses da serra do Caramulo. O diabo dizem que deu um estoiro tal, que nunca mais por ali passou!