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Lenda da nossa terra

29
Nov15

AMOR E CEGOVIM

Era uma vez, fazia o Senhor Rei D. Dinis e a sua Santa mulher, a Rainha Isabel, uma mais demorada pousada em Leiria, talvez para descansar dos muitos afazeres do seu alto cargo.

Um dia, o Rei passeando no seu fogoso corcel, galopou, galopou, campos fora, e, lá longe, num pequeno lugar vê uma camponesa formosa como nenhuma outra se vira ainda em muitas léguas ao derredor.

Apaixonou-se o Rei pela camponesa e ali, naquele lugar, no meio do campo florido de papoilas e malmequeres, nasceu naquele dia um grande amor.

As visitas do Rei ao seu grande amor continuaram e tornaram-se conhecidas nas redondezas, e, àquele lugar começaram a chamar Amor.

Também a Rainha soube dos novos amores do seu marido e Rei e, para lhe mostrar a sua reprovação sem o melindrar, mandou uma noite alumiar o caminho por onde o Rei, seu esposo, deveria regressar a Leiria.

  1. Dinis, ao dar com as veredas, por onde voltava, com grande alumiação, de muitos fogachos, viu estar ali uma muda intenção crítica da Rainha, e exclamou:

“Até aqui cego vim!”

E o sitio onde começavam as iluminarias passou a chamar-se “Cegovim”, que, por uma natural corruptela popular se chama hoje Cegodim.

 

 

 

Lendas da nossa terra

25
Nov15

A Senhora da Lapa

Diz a lenda que a imagem de Nossa Senhora da Lapa apareceu num penedo de difícil

acesso, na Beira Alta. Os devotos construíram-lhe um templo num local

mais acessível, mas a imagem da Senhora fugia para o seu penedo sempre

que a punham na nova capela. Este facto insólito ocorreu tantas vezes

que os devotos fizeram a vontade à Virgem e construíram-lhe uma

capela no penedo. E a Senhora da Lapa lá está hoje, num sítio

em que para a ver o crente tem de entrar de lado, por mais magro que seja. Curiosamente,

o crente mais gordo de lado entra sempre. Um dos milagres atribuídos

a esta Senhora é o que ocorreu com um caminhante que, adormecendo junto

à capela, entrou-lhe na boca entreaberta uma cobra. Aflito, o homem acordou

e imediatamente invocou no seu pensamento a Senhora da Lapa. Conta a lenda que

a cobra imediatamente virou a cabeça para fora da boca, sendo depois

apanhada e morta.

 

A Padeira de Aljubarrota

Brites de Almeida não foi uma mulher vulgar. Era feia, grande, com os cabelos crespos e muito, muito forte. Não se enquadrava nos típicos padrões femininos e tinha um comportamento masculino, o que se reflectiu nas profissões que teve ao longo da vida. Nasceu em Faro, de família pobre e humilde e em criança preferia mais vagabundear e andar à pancada que ajudar os pais na taberna de donde estes tiravam o sustento diário. Aos vinte anos ficou órfã, vendeu os poucos bens que herdou e meteu-se ao caminho, andando de lugar em lugar e convivendo com todo o tipo de gente. Aprendeu a manejar a espada e o pau com tal mestria que depressa alcançou fama de valente. Apesar da sua temível reputação houve um soldado que, encantado com as suas proezas, a procurou e lhe propôs casamento. Ela, que não estava interessada em perder a sua independência, impôs-lhe a condição de lutarem antes do casamento. Como resultado, o soldado ficou ferido de morte e Brites fugiu de barco para Castela com medo da justiça. Mas o destino quis que o barco fosse capturado por piratas mouros e Brites foi vendida como escrava. Com a ajuda de dois outros escravos portugueses conseguiu fugir para Portugal numa embarcação que, apanhada por uma tempestade, veio dar à praia da Ericeira. Procurada ainda pela justiça, Brites cortou os cabelos, disfarçou-se de homem e tornou-se almocreve. Um dia, cansada daquela vida, aceitou o trabalho de padeira em Aljubarrota e casou-se com um honesto lavrador..., provavelmente tão forte quanto ela.

O dia 14 de Agosto de 1385 amanheceu com os primeiros clamores da batalha de Aljubarrota e Brites não conseguiu resistir ao apelo da sua natureza. Pegou na primeira arma que achou e juntou-se ao exército português que naquele dia derrotou o invasor castelhano. Chegando a casa cansada mas satisfeita, despertou-a um estranho ruído: dentro do forno estavam sete castelhanos escondidos. Brites pegou na sua pá de padeira e matou-os logo ali. Tomada de zelo nacionalista, liderou um grupo de mulheres que perseguiram os fugitivos castelhanos que ainda se escondiam pelas redondezas. Conta a história que Brites acabou os seus dias em paz junto do seu lavrador mas a memória dos seus feitos heróicos ficou para sempre como símbolo da independência de Portugal. A pá foi religiosamente guardada como estandarte de Aljubarrota por muitos séculos, fazendo parte da procissão do 14 de Agosto.

 

 

Lendas da nossa terra

21
Nov15

A Princesa Zara

Era uma vez ... nos tempos já muito distantes do Rei Afonso, que do norte vinha para o Sul, conquistando terras e mais terras que estavam na posse da moirama, chegou ele às proximidades de Leiria cuja terra conquistou também.

Aqui construiu um castelo rouqueiro, que entregou à guarda dos seus guerreiros, abalando à conquista de mais terras, a construir um Portugal maior.

Os mouros sabendo do castelo pouco guardado, voltaram e, após uma luta porfiada, venceram os guardas do castelo e tomaram-no.

Passou a ser por essa altura, seu guardião, um velho mouro que vivia com sua filha, uma linda moura de olhos esmeraldinos e louros cabelos entrançados, chamada Zara.

Um dia, já o sol se escondia no horizonte sob nuvens acobreadas, a linda moura, estava à janela do castelo voltada ao Arrabalde, a pentear os cabelos encanecidos de seu velho pai, quando viu ao longe uma coisa que lhe pareceu estranha, mesmo muito estranha.

Que viu a linda princesa castelã, de olhos verdes de esmeralda?

Viu o mato a deslocar-se de um lado para o outro e também em direcção do castelo.

Foi então que a linda princesa castelã perguntou ao seu velho pai:

“Oh! Pai, o mato anda?” Ao que o pai da linda princesa, respondeu:

“Anda, sim, minha filha, se o levam.”

E o mato era levado, sim, mas pelos guerreiros cristãos do Rei Afonso, que se escondiam atrás de paveias de mato que cortaram e ajuntaram para avançarem para o castelo sem serem vistos.

E avançaram, avançaram cautelosamente, até que já próximo da porta chamada da traição, correram, passaram-na lestamente e conquistaram o castelo.

Nunca mais se soube da linda princesa de olhos verdes, nem de seu velho pai, que era o Governador, mas, a partir desse dia, Portugal ficou maior.

Lendas da nossa terra

17
Nov15

A Moeda de Prata

Era uma vez ... estava-se a 14 de Outubro do ano da Graça de Nosso Senhor Jesus Cristo de 1605. Ali para os lados de São Silvestre, da freguesia de Colmeias, vivia um velhinho, chamado Henrique Dias, com a sua filha, uma moça casadoira, que se sentia muito doente.

Volta e meia começava ela a rebolar-se no chão, com muitas dores.

Naquele dia, já o sol era nado, teve um ataque que a fez estrebuchar longamente, pois tinha, como dizia o povo, o diabo no corpo.

Alguns vizinhos, condoídos da triste sorte da rapariga, que viam tão dorida e lacrimosa, levaram-na à igreja para que Nossa Senhora da Pena lhe valesse.

Era a hora da Santa Missa e a igreja estava cheia de fiéis. A moça foi levada até próximo do altar e, olhando para a imagem de Nossa Senhora, logo teve um afrontamento e quando estava quase a desmaiar teve um vómito mais violento e expeliu, pela boca, uma moeda de prata, de vintém.

A rapariga de pronto se endireitou e, sentindo-se curada, rezou a Nossa Senhora com tanta devoção como até então nunca fizera.

Lendas da nossa terra

13
Nov15

Ana de Bragança

Era uma vez ... já lá vão muitos lustros, um Senhor Infante, homem bem apessoado e insinuante, fez pousada em Leiria.

Vivia, então, na cidade, uma senhora que aparentava uns trinta anos, muito linda e elegante, chamada Ana Ricardina, natural da Praça de Almeida, lá para as bandas da raia, de ascendência espanhola, segundo uns, de raiz portuguesa, segundo outros.

O Senhor Infante viu a linda Ricardina e logo se apaixonou. Amaram-se muito e muito ternamente. E, passados tempos, a Ricardina começou a perder a elegância e a mostrar os sinais da maternidade.

Ia nascer um menino, o seu unigénito.

Mas o Senhor Infante já feito Rei abalou ... e abalou para longe.

E o menino nasceu, mas o pai jamais o viu.

Ele tinha olhado para baixo; ela tinha olhado demasiado para o alto.

Compreensivo e bom pai, não os abandonou.

E a mãe e o filho passaram a viver de uma pensão que um capitão lhe mandava entregar em nome do Senhor Rei.

Mas um dia o capitão morreu e a pensão ... morreu também.

A Ricardina que já era conhecida por Ana de Bragança começou a sentir dificuldades económicas, por falta da pensão. Mas ela era mulher forte e decidida, com sua grande vontade de viver, e, no desejo de amparar o seu menino, fez-se curandeira. Passou a curar a espinhela caída como então se chamava, popularmente, ao estado de fraqueza geral. E assim foi vivendo de saudade do Senhor Rei, até que Deus a chamou a si, aos setenta e dois anos de idade, já lá vão muitos lustros, deixando o seu menino, já feito homem e com geração.

 

Pelas ruas da vida...

 

Um homem teve um sonho certa noite.

Sonhava que caminhava por uma praia com o Senhor...

Pelo sonho passavam também outras cenas de sua vida.

Em cada uma havia ruas nas quais andavam dois pares de pés: os dele e os do Senhor.

Após ver a ultima cena de sua vida, o homem mais uma vez voltou a ver todas as anteriores.

Percebeu então, que muitas vezes, ao longo de intermináveis ruas, caminhava sozinho, sempre nos momentos mais angustiantes de sua vida: quando estivera doente, desempregado e triste.

Perguntou então: "Senhor, tu me disseste certa vez, que me acompanharias sempre.

Porém, notei que nas ocasiões em que mais te precisei, só havia um par de pés nas ruas da vida.

Por que me abandonaste?"

O Senhor respondeu: "Filho amado, amo-o sempre e nunca lhe deixaria.

Durante os momentos de dura prova, quando você somente via um par de pés a vagar pelas ruas, eram os meus e eu lhe carregava nos meus braços."

 

Lendas da nossa terra

12
Nov15

Lenda da Nazaré

A lenda da imagem de Nossa Senhora da Nazaré remonta a tempos antigos quando o monge grego Ciríaco fugiu com ela para Belém de Judá e a entregou a S. Jerónimo, que por sua vez a enviou a Santo Agostinho, que por sua vez a entregou ao Mosteiro de Cauliniana, a doze quilómetros de Mérida. Foi aqui que puseram à imagem o nome de Nossa Senhora da Nazaré por ter vindo da cidade Natal da Virgem. Quando os mouros derrotaram os cristãos obrigando o rei Rodrigo a fugir para Mérida, este levou consigo a imagem mas não se sentindo aí seguro fugiu de novo na companhia do abade Frei Romano que possuía uma preciosa caixa de relíquias que tinha pertencido a Santo Agostinho. Chegaram os dois fugitivos mais mortos do que vivos ao sítio da Pederneira, hoje chamado da Nazaré, na costa do Atlântico, onde decidiram separar-se. Rodrigo instalou-se no monte de S. Bartolomeu e Frei Romano no monte fronteiriço, combinando comunicarem-se por intermédio das fogueiras que acendiam à noite. Uma noite a fogueira de Frei Romano não se acendeu e Rodrigo foi encontrar o seu companheiro morto. Apavorado, foge com a imagem e a caixa de relíquias para ir morrer perto de Viseu. A imagem e a caixa de relíquias foram encontradas por uns pastores em 1179.

 

O Rei Midas: o avarento que morreu de fome

 

Tudo o que tocava virava ouro... até morrer de fome!!!

Narra a mitologia que o rei Midas era muito avarento.

Por ter tratado bem a Sileno, seu prisioneiro, recebeu dos deuses a grande recompensa de converter em ouro tudo quanto sua mão tocasse. Uma bela fortuna, não é verdade?

Fora de si de contente, aquele rei tocou seu bastão, e o bastão se converteu em ouro cintilante.

Tocou a parede, e a parede tornou-se num bloco de ouro preciosíssimo. No palácio real, tudo agora era ouro.

O rei assentou-se à mesa para o jantar. A sopa, apenas lhe tocou os lábios, tornou-se ouro. O pão, a carne, tudo ouro.

De sorte que Midas não pôde tomar alimento algum, e depois de alguns dias ia morrendo de fome, embora rodeado de ouro.

Assim diz a fábula. Mas eu vos digo, em outro sentido, que também nós possuímos um meio de converter em ouro — isto é, em mérito preciosíssimo — todas as nossas obras.

Esse meio é: conformar sempre e em tudo a nossa vontade com a vontade de Deus.

 

 

(Pe. Francisco Alves)

Lendas da nossa terra

07
Nov15

A Moeda de Prata

Era uma vez ... estava-se a 14 de Outubro do ano da Graça de Nosso Senhor Jesus Cristo de 1605. Ali para os lados de São Silvestre, da freguesia de Colmeias, vivia um velhinho, chamado Henrique Dias, com a sua filha, uma moça casadoira, que se sentia muito doente.

Volta e meia começava ela a rebolar-se no chão, com muitas dores.

Naquele dia, já o sol era nado, teve um ataque que a fez estrebuchar longamente, pois tinha, como dizia o povo, o diabo no corpo.

Alguns vizinhos, condoídos da triste sorte da rapariga, que viam tão dorida e lacrimosa, levaram-na à igreja para que Nossa Senhora da Pena lhe valesse.

Era a hora da Santa Missa e a igreja estava cheia de fiéis. A moça foi levada até próximo do altar e, olhando para a imagem de Nossa Senhora, logo teve um afrontamento e quando estava quase a desmaiar teve um vómito mais violento e expeliu, pela boca, uma moeda de prata, de vintém.

A rapariga de pronto se endireitou e, sentindo-se curada, rezou a Nossa Senhora com tanta devoção como até então nunca fizera.

 

Jorge e o Dragão

O culto de S. Jorge foi introduzido em Portugal nos primórdios da nacionalidade, através dos cruzados ingleses que participaram na Reconquista. Entre alguns dos devotos deste Santo, que nasceu de uma ilustre família cristã de Capadócia (actual Turquia), estão D. João I e o Condestável Nuno Alvares Pereira.

 Mestre-de-campo do imperador Diocleciano com apenas vinte anos, o valente S. Jorge insurgiu-se contra a injustiça da perseguição dos cristãos. Por esta razão, o imperador romano mandou-o torturar mas este escapou ileso à roda de pontas cortantes que lhe deveria dilacerar o corpo. Mas S. Jorge acabou por morrer decapitado nos finais do século III.

 A história mais conhecida de S. Jorge tem a ver com a morte de um dragão terrível que existia em Silene, na Líbia. Os habitantes desta cidade ofereciam-lhe duas ovelhas por dia, para acalmar a sua fúria. Um dia, porém, o dragão tornou-se mais exigente e reclamou um sacrifício humano, cuja escolha aleatória recaiu sobre a filha única do rei da Líbia. Foi então que S. Jorge apareceu e se ofereceu para lutar com o dragão, libertando a cidade daquele terrível jugo. Montando a cavalo com a sua lança, feriu o dragão e, ordenando à princesa que tirasse o seu cinto e com ele amarrasse o pescoço do dragão, trouxe-o preso para a cidade. Aí chegados matou o dragão perante todos os habitantes, depois de exigir em troca a sua conversão ao cristianismo.

 Mas os habitantes de S. Jorge, perto de Aljubarrota, reclamam uma outra versão da história do dragão passada na sua terra. Era então S. Jorge um oficial romano que estava aquartelado naquela região e tinha por costume mandar os seus soldados dar de beber aos cavalos na "Fonte dos Vales", no ribeiro da mata. Mas, no momento em que os cavalos bebiam surgia da fonte um dragão que os devorava. Os soldados, com medo de serem também mortos, recusavam-se a voltar à fonte. S. Jorge dirigiu-se à fonte, deu de beber ao seu cavalo e quando o dragão surgiu, matou-o com a sua lança. Por esta razão, foi construída uma capelinha naquele local onde foi colocada a imagem de S. Jorge a cavalo, dominando o temível dragão.