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Lendas da nossa terra

22
Fev16

 

LENDA DAS CAMARINHAS

 

A camarinha, ou camarinheira é um arbusto da família das Empetraceae, endémico em Portugal. Nasce espontaneamente em sistemas dunares ou em matas baixas dos pinheirais da costa atlântica. Produz frutos comestíveis de sabor agridoce e de aspecto leitoso e brilhante como as pérolas (as camarinhas), e delas se confeccionam geleia e compota. A sua rama liberta um cheiro semelhante ao mel.

Trata-se de um arbusto que poderia ser adaptado como ornamental; no entanto é muito pouco observado sem ser no seu estado natural.

 

Também a Lenda das Camarinhas (tal como a do milagre das rosas e muitas outras) tem como protagonista a Rainha Santa Isabel.

Esta mulher, que toda a vida foi compreensão e amor, não era feliz. É sabido da História que el-rei D. Dinis cedo a trocou por várias outras mulheres, de quem tinha filhos que trazia para a corte e que ela própria criou como se fossem seus. Quase esquecida pelo marido, diz a lenda que, no seu desespero, a Rainha, informada pelas aias das "andanças" do esposo, o procurava pelo Pinhal do Rei, montada no seu cavalo. Assim explica o povo a origem das camarinhas.

 

As Camarinhas

Dizem que Santa Isabel,

Rainha de Portugal,

Montando branco corcel,

Percorria o seu pinhal!

 

-“Ai do meu Esposo! Dizei!

Dizei-me, robles* reais!

Meu Dinis! Senhor meu Rei!

Em que braços suspirais?!...

 

Os robles silenciosos

Do vasto Pinhal do Rei

Responderam receosos

– Não sei!...

 

E o pranto da Rainha

Nas suas faces rolava,

Regando a erva daninha

No pobre chão que pisava!

 

– “ Ó meu Pinhal sonhador

Que o meu Rei semeou!

Dizei-me do meu Amor

E se por aqui passou...”

 

Os robles silenciosos

Do vasto Pinhal do Rei

Responderam receosos:

– Não sei !...

 

Mas cristalizou-se o pranto

Em muitas bagas branquinhas

E transformou-se num manto

De brilhantes camarinhas!...

 

Eis que repara a Rainha

Numa casa iluminada...

– “ Quem vela nesta casinha

Numa hora adiantada ?!...”

 

Os robles silenciosos,

Tão tristes que nem eu sei,

Responderam receosos:

– O Rei!...